Hoje, a partir de 15h45 (de Brasília), Sporting e CSKA Moscou decidem o primeiro campeão europeu da temporada. A final da Copa da Uefa, no estádio José Alvalade, em Lisboa, é um bom aperitivo para a decisão da Liga dos Campeões, quarta-feira que vem, entre Liverpool e Milan.
Para o Sporting, é a chance de garantir um título europeu após 41 anos. A última vez foi em 1964, quando venceu a Recopa. Mais do que isso, o time pode dar um grande presente à sua torcida: a decisão, coincidentemente, está marcada para o seu estádio, o José Alvalade.
Vencer uma decisão européia em casa é raridade, já que o local da final é previamente escolhido pela Uefa. Na Liga dos Campeões, apenas Real Madrid (1957) e Inter de Milão (1965) venceram diante de seus torcedores. Também aconteceu na Recopa, com o Barcelona (1982), e na Copa da Uefa, com o Feyenoord (2002).
Mas nada disso muda o discurso humilde do técnico José Peseiro, que cita a derrota portuguesa na final da Eurocopa 2004 como um exemplo a ser seguido. A ordem é compensar aquele tropeço e honrar as cores do país. ?Todo mundo no país espera uma vitória nossa. Estamos orgulhosos de hastear a bandeira portuguesa numa grande decisão européia?, discursou.
Se a torcida local é toda para o time português, os brasileiros ficarão divididos. De um lado está o ex-corintiano Liedson, artilheiro do Sporting. Já o ex-palmeirense Vágner Love, atualmente na mira do Corithians, defende as cores do CSKA. Rogério, Anderson Polga, Rochemback e Mota também defendem os lusos. Daniel Carvalho e Dudu Cearense reforçam a legião brasileira no time russo.
Mais do que lutar pela própria glória, o CSKA joga em nome de todo o futebol russo. Afinal, é apenas a segunda vez que um time do país chega a uma decisão européia. E pode ser a primeira conquista. Antes, o Dínamo Moscou tinha sido derrotado por 3 x 2 pelo Glasgow Rangers, na final da Recopa de 1972.