Libertad é o próximo adversário do Tricolor

Valeu a torcida. Zetti não fez rodeios ao confirmar que não queria um cruzamento com uma equipe brasileira nas oitavas-de-final da Libertadores. Acabou dando o Libertad, do Paraguai, equipe de relativa tradição no torneio e que no ano passado chegou às semifinais, sendo eliminado pelo Internacional.

O treinador paranista acredita na tese que não adianta escolher adversário, mas entende que o Paraná Clube pode render mais frente a clubes de outros países.

?Foi assim, até aqui.

A equipe se adaptou bem ao estilo de jogo dos sul-americanos e foi bem contra Cobreloa, Maracaibo e Real Potosí?, analisou o treinador. Quanto ao Libertad, Zetti disse ter visto apenas alguns jogos dos paraguaios. ?É diferente assistir um jogo ao natural. Agora, vou ter que rever algumas dessas partidas, com olhos críticos?, afirmou. ?Mas, sei que trata-se de um time viril, que marca muito duro.?

A Conmebol confirma hoje datas e horários oficiais dos jogos, mas é certo que o Tricolor joga a primeira, na próxima semana, na Vila Capanema, e faz o jogo de volta no Defensores del Chaco, em Assunção.

?Não vale chute forte?

Zetti recordou seus tempos de glórias. O mau tempo fez a comissão técnica levar os jogadores do Paraná Clube para uma atividade em quadra de grama sintética. Na atividade, não deu outra: Zetti foi para uma das metas – já que os goleiros do grupo ficaram na Vila Capanema, realizando treino específico -, trocando as orientações pelas luvas. Sobrou para Silas – que atualmente não esconde a predileção por outro esporte, o tênis – defender o outro gol. ?Só não vale chute forte?, alertou o treinador paranista.

O trabalho ?mais leve? foi uma saída para movimentar o grupo sem a exposição dos atletas ao gramado pesado devido à chuva intermitente que caiu sobre Curitiba durante todo o dia de ontem. ?Tivemos que improvisar. Mas, acabou sendo bom. De repente, um ?treino para a cabeça? é interessante nesse momento da pressão de uma final?, avaliou Zetti. Bem humorado, brincou também com o seu desempenho. ?Tomei um frango logo no primeiro minuto?, admitiu. ?Mas, fui atrapalhado pela iluminação das câmeras de tevê?, emendou, amenizando sua ?falha?.

Os jogadores não comentaram o desempenho do ?comandante? embaixo das traves. E o meia Dinelson disse ter seguido à risca a orientação sobre a potência dos arremates. ?Vai que a gente machuca nosso treinador bem na hora da decisão??, disparou. Um ?dia perdido? em termos de preparação tática, na avaliação da comissão técnica, tem pouco peso no atual momento do Tricolor. ?O treino, agora, é muito mais para fixar o posicionamento de uma ou outra peça. O time tem um padrão bem definido e o grupo está de parabéns pelo que fez até aqui?, avaliou Zetti.

Apesar dessa confiança, o técnico pretende comandar ao menos um treinamento específico antes da primeira partida da fase final. Se hoje não chover, vai posicionar o time num apronto programado para o Pinheirão. ?Não há o que lamentar. Durante a semana, pudemos realizar treinos específicos. Há tempos isso não ocorria, devido ao acúmulo de jogos?, disse Zetti. Uma maratona que o Paraná retoma a partir deste fim de semana. Se seguir em frente na Libertadores, o Tricolor estará em campo a cada três dias ao longo das próximas semanas, iniciando o Brasileiro desta forma.

Para a primeira partida da final, Zetti confirmou as entradas de Toninho e João Paulo na zaga e de Goiano no meio-de-campo. A única dúvida está no ataque, onde trabalha com três possibilidades: Lima, Renan e Joelson.

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