Levir não gostou do Atlético em BH e quer mais atenção

Nem a segunda colocação no campeonato brasileiro, o futebol de primeira e a possibilidade de conquista da segunda estrela dourada satisfazem o técnico Levir Culpi.

O treinador rubro-negro não gostou do comportamento da equipe após o 4 a 2 sobre o Cruzeiro, quando o time recuou e sofreu o segundo gol dos mineiros. Hoje, ele prepara um farto material impresso e em vídeo para “puxar a orelha” dos jogadores e tentar corrigir os erros que o time ainda comete.

“Com dez jogadores (a Raposa), nós ainda permitimos um gol do Cruzeiro, que é um time como o Atlético. Eles conseguiram empatar um jogo justamente contra o Santos. Então, eu fiquei preocupado porque eu acho que o time deveria ter tido uma atitude mais contundente”, aponta Levir. Segundo ele, o Rubro-Negro poderia ter saído do Mineirão com um resultado mais favorável e não se contentar com uma vitória qualquer. “Nós poderíamos ter feito um trabalho melhor, principalmente depois do 4 a 1”, diz.

Isso quer dizer que os jogadores não vão escapar de uma “aulinha” extra do professor Levir. “Durante a semana, nós temos aquela situação dos vídeos e os lances estão aí gravados. Acabei de sentar com o Oscar (Erichsen, assessor científico) e selecionar os lances para a gente ter uma conversa e analisar o que fizemos de correto e também de errado durante o jogo contra o Cruzeiro”, revela.

Para ele, não é porque o time está bem no nacional e coberto de elogios que o trabalho será relaxado. Levir garante que ainda há muito para melhorar. “Isso para mim é uma certeza. Porque eu não acho que nós temos um time assim que seja impecável e que seja, assim, completamente positivo”, destaca. Segundo ele, o time tem deficiências, que proporcionaram alguns dos gols sofridos nos últimos jogos. “Isso é uma coisa que nós temos que ir, insistentemente, atrás. O time precisa de mais consistência e não podemos vacilar”, afirma.

De qualquer maneira, Levir garante que não irá deixar escapar a chance de conquistar o título do nacional. “Já temos experiência sobre isso e não vamos deixar escapar. Está todo mundo mobilizado esta semana nos trabalhos, analisando o que fizemos de certo e de errado e esperando uma Copa do Mundo aqui, no domingo, contra o Flamengo”, finaliza.

Ingressos estão mantidos em R$ 15,00

A 1.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná negou, por unanimidade, o agravo interposto pelo Clube Atlético Paranaense e manteve a decisão que fixou o preço da arquibancada na Arena em R$ 15,00. Caso o clube não cumpra a medida, corre o risco de pagar multa diária de R$ 10 mil. O Rubro-Negro alegava “aceleração do processo de descapitalização” para aumentar o preço dos bilhetes, mas a tese não convenceu os magistrados.

De acordo com o desembargador Waldomiro Namur, relator do processo, as análises dos públicos com preço de R$ 30,00 e de R$ 15,00 mostram que o valor menor dá mais lucro ao clube. Segundo dados apresentados pelo Procon, que acionou o clube na Justiça a pedido de setores organizados da torcida atleticana, no dia 24 de abril, com ingresso a R$ 30,00, 2.441 pessoas pagaram para assistir ao jogo e proporcionaram uma renda de R$ 34 mil. Na volta da entrada a R$ 15,00, o público subiu para 12.348 (em média, nos 12 jogos seqüentes) e gerou uma receita média de R$ 155.660,00.

Até o início da noite de ontem, a diretoria do clube não tinha um posicionamento sobre o assunto.

Treinamentos

O técnico Levir Culpi comanda o elenco do Atlético em dois períodos no CT do Caju, hoje. Sem poder contar com o zagueiro Marcão, o volante Alan Bahia e o meia William, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, o treinador poderá contar com os zagueiros Rogério Correia e Fabiano, que terão presenças garantidas. Apesar de Levir não querer adiantar nada sobre a formação da equipe, a tendência é de que Pingo também ganhe nova oportunidade na equipe titular. Assim, o time para pegar o Flamengo, as 16h de domingo, na Arena, teria Diego; Marinho, Fabiano e Rogério Correia; Fernandinho, Bruno Lança, Pingo, Jádson e Ivan; Dagoberto e Washington.

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