Lesões tiram atacantes do trio de ferro

Procura-se um atacante. Na Vila Capanema, na Baixada ou no Couto Pereira, e não só por carência de bons jogadores neste setor. O trio de ferro curitibano sofre com uma seqüência de lesões em seus principais jogadores ofensivos – situação que, na avaliação dos médicos, pode significar mais do que simples coincidência.

Hoje, estão no estaleiro ou recuperam-se de contusões os avantes Dagoberto e Rodrigão, do Atlético; Sandro, Leonardo e Maicosuel, do Paraná; e Keirrison, Vinícius e William, do Coritiba. Coincidência ou não, sem eles os paranaenses ostentam péssimo desempenho ofensivo neste início de Brasileirão – em nove jogos, Atlético, Paraná e Coritiba marcaram um total de apenas quatro gols. Todos correm atrás de reforços para o setor.

Com exceção de Maicosuel, que contraiu amigdalite, e de Rodrigão, com hepatite, todos os demais lesionaram-se em disputas de bola durante jogos oficiais. A constatação é lógica: mais visados pelos marcadores, os atacantes estão mais sujeitos a lesões. Fato que o trio de ferro não levou em conta na hora de montar seus elencos. ?São os atacantes que definem os lances de jogo. É normal que sejam mais caçados?, afirma o médico Rafael Kleinschmidt, do Paraná Clube. ?É uma situação diferente das lesões musculares, que afetam jogadores de todas as posições. Os atacantes sofrem mais faltas, têm mais predisposição a se contundir por trauma?, afirma o médico Walmir Sampaio, do Coritiba.

Um dos meios de reduzir a possibilidade deste tipo de lesão é o trabalho físico individualizado, diz Sampaio. ?O jogador bem condicionado chega antes na bola. Se chega atrasado, a possibilidade de choque é maior?, afirma. No mais, o que resta é torcer contra as ?fatalidades? – como Sampaio classifica os casos de Keirrison, Vinícius e William. Para o médico, o fato de todos serem bastante jovens – como, de resto, os contundidos de Paraná e Atlético, exceção feita a Rodrigão -, não tem relação com a probabilidade de lesão. ?No máximo, o mais experiente sabe se proteger melhor?, acredita.

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