“Quem, eu?”. Com um sorriso “nervoso” no rosto, o zagueiro Leandro admitiu que ainda não sabia ser ele o escolhido para assumir o posto de novo capitão do time. Pouco antes, o técnico Paulo Comelli anunciou a decisão à imprensa.
Uma escolha calcada no profissionalismo e na retidão dentro e fora de campo, numa clara reação aos problemas ocorridos na semana passada. Afinal, até aqui, Agenor, Daniel Marques e Pituca tinham se revezado na função.
O outro a usar a braçadeira foi o zagueiro Luciano, que mesmo recuperado de uma lesão sequer figura no banco de reservas. Nas explicações, Comelli deixou claro que o ato de indisciplina não foi completamente digerido. Agenor não será mais o capitão do time e, se não surgir imprevistos, Leandro ficará com o cargo até o final da competição.
“Isso é com o Comelli. Nem sei de nada, pois ele não disse nada pra mim”, afirmou o jogador, que disse ser paranista de coração, esperando continuar no clube para a próxima temporada.
“Já fui capitão no Jotinha. Acho que hoje em dia, todos se cobram. Então, o capitão serve mesmo para escolher o campo, antes do início da partida”, disfarçou.
Ao receber o cargo de confiança, Leandro também dá um passo importante para se manter como titular da equipe. “Acho que o grupo é muito bom. Estamos fechados mesmo. O problema que ocorreu com alguns de nós, já é passado”, afirmou.
Leandro disse que o companheiro de zaga, Daniel Marques, mesmo visado após o ocorrido depois do jogo contra o Brasiliense, é um grande amigo. “Todos somos humanos e podemos errar. O importante é que lá dentro de campo ele é um jogador importante para o grupo”, afirmou. “É um dos caras que mais me apóia e sempre me deu bons conselhos.”