O paranaense Josimar Pereira da Silva acrescentou, no início de novembro, à sua galeria de conquistas o maior feito da curta e vitoriosa carreira: o título de campeão mundial de kung fu wu shu. Embora tenha sido a primeira participação num Mundial, o atleta foi o principal destaque da equipe brasileira, formada por oito atletas. Na final ele venceu o chinês Wu Shun Lee, ao receber uma nota 9,32, contra 8,91 do adversário.
A competição foi disputada na cidade de Willinmac, no estado norte-americano de Connecticut, com a participação de 600 participantes, em dez categorias. O título ficou com a China, que domina o esporte no mundo, com os Estados Unidos encerrando a participação em segundo lugar e o Brasil como 3.º colocado. No próximo ano, o Mundial será disputado na cidade de Macau, na China.
“Fui o único atleta fora do eixo Rio-São Paulo a integrar a delegação. Embora seja nestes dois estados que o esporte é mais praticado, estamos iniciando um trabalho para transformar o Paraná num centro de referência para o kung fu no Brasil”, comentou Josimar, que no último fim de semana, em Brasília, conquistou o tricampeonato nacional nas rotinas (apresentação de armas – bastão e facão – e mãos livres), que é denominado o triatlo do kung fu wu shu, mesma categoria que ele trouxe o troféu do mundial para São José dos Pinhais, onde mora. “Depois da conquista do mundial as coisas melhoraram. Consegui alguns patrocínios e considero que poderá haver um maior apoio no Paraná para a modalidade”, revela o atleta, que teve apoio da imobiliária Washington Ortega e da escola de inglês Talk Better.
Outro paranaense que se deu bem no Campeonato Brasileiro de Brasília, foi o curitibano Aparecido de Lira. Ele também conquistou o título brasileiro de mãos livres, ajudanto o Paraná a conquistar o quarto lugar. O título nacional ficou com os paulistas, seguidos de cariocas e brasilienses. “Foi difícil conquistar o título, pois nosso esporte não conta com apoio oficial ou da iniciativa privada”, comentou Lira, de 30 anos.
Embora esteja animado, Josimar diz que se essa falta de apoio não se reverter, vai estudar seriamente o convite formulado quando estava competindo nos EUA. “Recebi convite de dirigentes dos Estados Unidos e Canadá. Vou esperar que o esporte avance até o ano que vem. Caso não ocorra talvez aceite mudar para lá”, confessou Josimar, que aos 23 anos, é considerado um dos melhores atletas de kung fu wu shu do Brasil.