Kolberg e Roldan satisfeitos no Paris-Dacar

Depois de fazerem uma tomada de tempo ruim em Clermont Ferrand na quinta-feira, debaixo de muita neve, os pilotos brasileiros da equipe Petrobras Lubrax conseguiram recuperar posições no ranking do Rali Paris-Dakar após a primeira etapa cronometrada disputada ontem na região de Narbonne, sul da França.

Jean Azevedo subiu 93 lugares ao terminar em 27.º entre 165 motos e quadriciclos. No dia anterior ele havia ficado em 120.º. Klever Kolberg e Lourival Roldan pularam da 28.ª para a 14.ª posição. A corrida para os caminhões foi cancelada.

A especial (nome dado ao trecho cronometrado) teve 25 quilômetros, traçados numa região montanhosa a seis quilômetros do centro de Narbonne. Choveu na noite passada e o piso estava escorregadio com o barro. ?O circuito tinha muito sobe-desce, bem sinuoso. Mas consegui ir bem e ultrapassei vários pilotos?, comentou Jean. A largada aconteceu de forma invertida, com os primeiros na tomada de tempo largando por último.

O francês David Frétigné venceu na categoria motos usando a Yamaha 450WR 2WD, com tração nas duas rodas. É a primeira vez que o modelo é colocado à prova no Paris-Dakar. Em 2.º ficou o francês Cyril Despres, atual campeão mundial de rali cross country, seguido pelo espanhol Joan Roma, ambos de KTM.

Carros

Kolberg e Roldan também ficaram satisfeitos com o resultado da etapa, embora tivessem usado o pneu errado. ?Pedi para a equipe colocar o Pirelli Mud, para barro, mas os mecânicos acharam que deveríamos usar o Pirelli ATR, para pedras.

Antes da largada eu até insisti no pneu para barro, mas eles já estavam nos caminhões de apoio em outro local?, lamentou Kolberg. ?Quem largou com pneu de barro se deu bem?, disse.

Com o pneu inadequado, fica difícil controlar o veículo. A dupla brasileira chegou a bater numa árvore depois que o carro escorregou de lado. ?Fora o retrovisor quebrado e os riscos e amassados na lateral, está tudo bem. Fizemos um bom tempo?, contou o navegador Lourival Roldan, mostrando a lataria arranhada do Pajero.

Buggy na frente

O espanhol Jose Maria Servia foi o vencedor da etapa com um buggy. Stephane Peterhansel, piloto da equipe oficial Mitsubishi, conquistou o segundo lugar de Pajero Evolution. A BMW X5 de Gregoire De Mevius terminou em terceiro.

A organização decidiu considerar apenas os tempos dos primeiros 47 carros que cruzaram a linha de chegada. O buggy de Claude Arnoux atolou e bloqueou a pista, impedindo a passagem dos demais competidores, que terão computado o tempo dos cinco últimos no dia, na média. O incidente com Arnoux impediu também que fosse disputada a categoria caminhões, onde está André Azevedo, da equipe Petrobras Lubrax.

Trecho curto

A etapa de hoje, entre Castellón, na Espanha e Tanger, no Marrocos, será uma das mais longas, mas somente em deslocamento. O dia começa com uma pequena área de ajuste, de 2 km, quando todo a caravana larga para uma curtíssima especial de 9 km. Depois, serão mais 820 km de deslocamento até chegar do outro lado do Mar Mediterrâneo, partindo do porto de Algesiras.

Após uma breve travessia e um deslocamento de 13 km, os competidores realizarão o seu primeiro acampamento africano no fim do dia.

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