Justiça deporta torcedores do Santos presos no Paraguai

A Justiça paraguaia decretou, na última quinta-feira, a expulsão de 58 torcedores do Santos que foram presos em Assunção e depois julgados sob acusação de cometer os crimes de lesão grave, perturbação da ordem e roubo. Eles foram detidos após o confronto do time brasileiro com o Cerro Porteño, no último dia 1.º, pela semifinal da Copa Libertadores da América, e serão deportados do Paraguai.

A procuradora Silvana Luraghi informou, em entrevista coletiva, que os santistas liberados pertencem à Torcida Jovem, principal organizada do clube, e só conseguiram deixar a prisão agora após o advogado do consulado do Brasil, na capital paraguaia, conseguir reverter a prisão em pagamento de indenização aos proprietários de restaurantes danificados em San Lorenzo, cidade próxima à Assunção.

“Ao total, o consulado pagou o equivalente a US$ 20 mil (cerca de R$ 25 mil). Então, dois juízes que participaram do caso assinaram a sentença de dois anos de prisão com suspensão. Ou seja, (a pena) foi mudada para expulsão do país, mas durante os próximos dois anos eles não poderão entrar no Paraguai”, afirmou Silvana Luraghi.

Julio Benítez, diretor do escritório de Imigração do ministério do Interior no Paraguai, afirmou que os torcedores deixarão o país escoltados até a fronteira com o Brasil, em Ciudad del Leste, que fica a 320 quilômetros de Assunção.

Na época do ocorrido, autoridades locais disseram que os torcedores desceram de dois ônibus e promoveram quebra-quebra e roubos em restaurantes. No boletim de ocorrência, a polícia disse ter encontrado armas brancas no interior de um dos ônibus.

O Santos se classificou para a final da Libertadores após empatar por 3 a 3 com o Cerro Porteño, em Assunção, depois de ter vencido o duelo de ida por 1 a 0, no Pacaembu.

Antes da partida no Paraguai, um ônibus de santistas teve o vidro quebrado por pedras e o clima dentro do estádio também foi tenso. No intervalo do duelo, pedras e garrafas com urina foram lançados contra a torcida brasileira. Durante o segundo tempo do jogo, o técnico Muricy Ramalho foi atingido por uma pedra e chegou a ser atendido à beira do campo.

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