Judô: chegou a hora das mulheres

O judô masculino lutará em seis dos sete pesos olímpicos nos Jogos de Atenas, de 13 a 29 de agosto. Mas o judô feminino garantiu presença em três das sete categorias: leve (pela posição no ranking pan-americano), meio-médio (pelo 5.º lugar no Mundial de Osaka) e meio-pesado (pelo 3.º lugar no Mundial). Na história, o judô é o terceiro esporte que mais conquistas olímpicas tem, após o atletismo e a vela. Ganhou dez medalhas para o Brasil (2 de ouro, 3 de prata e 5 de bronze), com os homens. Edinanci Silva, ouro no Pan-Americano de Santo Domingo e bronze no mundial, esse ano, acha que está cada vez mais próximo o dia em que o judô feminino irá ao pódio olímpico.

Edinanci Silva, no meio-pesado, Vânia Ishii, no meio-médio, e Danielle Zangrando, no leve, foram as vencedoras da primeira etapa da Seletiva Olímpica, domingo. As próximas fases serão em março e abril.

“Antes o judô feminino era como uma mesa de uma perna só, com toda a responsabilidade jogada em cima de uma atleta. Hoje temos a Vânia, a Danielle, a Marli e uma estrutura de treinos e competições organizada”, afirma Edinanci, de 27 anos, 1,75m e 78 quilos, que luta para ir a sua terceira Olimpíada. Sempre foi a principal representante do judô feminino. A vaga em cada peso é do País, independente do judoca que a conquistou. Os lugares serão preenchidos com as seletivas.

Edinanci saiu na frente, ao vencer Claudirene César por 2 a 0. Com as demais vencedoras da primeira seletiva, irá para um torneio em Sofia (BUL), a partir do dia 30 de janeiro, e um período de treinos em Paris (FRA), de 6 a 12 de fevereiro, onde também estará a seleção masculina. Edinanci elogiou Claudirene, de 18 anos. “É inexperiente, tem boa pegada, é canhota, como eu, o que às vezes trava nosso combate. É júnior ainda, atirando no escuro, e perigosa. Ninguém apostava em mim quando desbanquei favoritas.”

Vânia Ishii, de 30 anos, 1,67 m e 63 quilos, é considerada favorita no peso meio-médio contra Erica Moraes, que derrotou por 2 a 0 na seletiva. Mas não acha que será fácil superar a rival de 22 anos. “É forte, versátil, cresce com o judô feminino e é dirigida pelo Floriano (técnico da seleção), que conhece meu estilo e tudo da categoria”, diz Vânia, dizendo que vencer a seletiva foi mais difícil que esperava.

Se Edinanci e Vânia lutam como integrantes da seleção permanente, Danielle Zangrando, de 24 anos, é desafiante no peso leve. Na primeira seletiva venceu Tânia Ferreira por 2 a 0 no golden score (prorrogação).

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