Jogos Olímpicos: começa a corrida para a Grécia

As regras do jogo já estão definidas. A Federação Internacional de Natação – Fina – divulgou todos os critérios para a seleção dos atletas de natação, natação sincronizada, saltos ornamentais e pólo aquático que participarão dos Jogos Olímpicos de Atenas, em setembro de 2004, na Grécia. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos também já estava com tudo pronto, apenas aguardando os critérios oficiais. Como sempre, os atletas brasileiros terão muito trabalho pela frente até verem seus nomes na lista dos que irão para a primeira Olimpíada do século 21.

A natação usará os índices A da Fina, ou seja, os tempos mais fortes e que dão direito a inscrever até dois atletas em cada uma das 32 provas (16 masculinas e 16 femininas). A federação internacional permite que os índices sejam alcançados no período de 1.º de janeiro de 2003 a 21 de julho de 2004. Dentro desse critério, serão cinco as competições em 2003 e 2004 para os nadadores brasileiros tentarem cravar essas marcas: Troféu Brasil (maio/2003); Jogos Pan-Americanos (agosto/2003); Troféu José Finkel (setembro/2003); Sul-Americano Absoluto (março/2004) e Troféu Brasil (maio/2004).

Pólo aquático, natação sincronizada e saltos ornamentais terão torneios pré-olímpicos, todos ainda sem local e data definidos. Aliás, o Brasil está se candidatando a sede do pré-olímpico de pólo aquático masculino e feminino, ambos marcados para o primeiro trimestre de 2004. No pólo, serão aceitos apenas 12 times masculinos e 8 femininos. Cada continente terá que ter um representante, logo o campeão dos Jogos Pan-Americanos já está automaticamente em Atenas. Os homens ainda poderão se classificar na Liga Mundial de Pólo Aquático de 2003, no Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona e no Torneio Pré-Olímpico. As mulheres, além da vaga para o campeão de cada continente contarão com o torneio pré-olímpico.

Nos saltos ornamentais, duas competições escolherão os 34 atletas de cada prova: o Mundial de Desportos Aquáticos de Barcelona, em 2003, e a Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, no mesmo local da Olimpíada, em Atenas, já em 2004. A natação sincronizada terá apenas um torneio pré-olímpico que selecionará oito equipes e 24 duetos.

Brasileiros

Muitos atletas brasileiros estão bem cotados para chegar a Atenas. Uma equipe que vem crescendo e obtendo resultados expressivos é a de saltos ornamentais. O Brasil disputou os últimos Jogos Olímpicos com Juliana Veloso e Cassius Duran. Para a próxima Olimpíada, os dois continuam no páreo e o País ainda conta com pelo menos mais um nome que vem surgindo com força: o brasiliense César Castro. Nas duas últimas etapas do Grand Prix de Saltos Ornamentais, em Coral Springs e Juarez, no México, saltando com os melhores do mundo, o Brasil conquistou uma inédita medalha de prata com Juliana Veloso na plataforma, no México, e um bronze com César Castro no trampolim de 3 metros, nos Estados Unidos. Sem falar na quinta colocação de Cassius Duran na prova de plataforma em Coral Springs.

Na natação, novos rostos vêm surgindo para rivalizar com os já consagrados. Toda a equipe de juniores que participou da Copa Latina de Natação, na semana passada, em Madri, na Espanha, surge como candidata a uma vaga na seleção olímpica. “As competições começarão a ficar cada vez mais acirradas, pois os novos atletas estão muito motivados. Um exemplo disto foi o Rafael Mosca que ganhou os 200m livre no Troféu José Finkel e ganhou a medalha de bronze na Copa Latina nadando com 42 graus de febre. Ele competiu no limite das forças, só com a motivação”, disse o diretor técnico da CBDA, prof. Ricardo de Moura.

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