Jogadores assumem culpa por má campanha do Coritiba

“É duro falar isso, mas alguém precisa dizer. Às vezes, está faltando competência para a gente. A culpa é nossa.” A frase é do atacante Aristizábal, o principal jogador do Coritiba e mais cobrado na derrota para o Juventude, no sábado. É a prova de que a conversa do técnico Antônio Lopes surtiu efeito, e que os jogadores também assumem a responsabilidade não só pelo último resultado, mas pela participação irregular no campeonato brasileiro. Só que Ari, tal como um porta-voz alviverde, garante que o elenco não perderá a motivação nos jogos finais da competição.

Este, segundo o colombiano, é o principal desafio do time. “Às vezes, quando chega o final do ano, você se irrita com coisas pequenas. É assim com todo mundo, com certeza é com vocês (jornalistas) também”, comenta Aristizábal. Para ele, o elenco está assimilando bem o próprio momento. “Acho que o mais importante é termos a consciência de que podemos fazer mais”, completa o volante Ataliba.

Mesmo que isso não signifique mais uma chance de classificação para a Copa Libertadores. “Só que ainda temos possibilidades boas de chegar na Sul-Americana. E um torneio internacional é muito importante para o Coritiba e para as nossas carreiras”, diz Ataliba. “Além de tudo, nós jogamos por nosso orgulho. É óbvio que queríamos chegar mais longe. Mas se não dá o título, não dá a Libertadores, temos nosso próprio nome em jogo”, alerta Aristizábal.

E isso significa que é fundamental vencer o Vasco amanhã, às 21h50, no Couto Pereira. Até porque a derrota para o Juventude ficou engasgada. “Nós não podemos deixar um time virar tão facilmente como eles viraram. Fizemos um segundo tempo horrível”, confessa Ari. E a reação perfeita é mostrar o que deveria ser feito. “Nós temos a obrigação de vencer o Vasco, até porque a maior motivação que temos para jogar é o fato de estar no Coritiba. A estrutura que temos nos dá a obrigação de vencer sempre”, finaliza Roberto Brum.

Marquinhos está perto do acerto

Por enquanto, ele não confirma nada. O meia Marquinhos, que treina sozinho em Biguaçu, uma pequena cidade perto de Florianópolis, garante que ainda não foi procurado por nenhum emissário do Coritiba, mas que gostaria muito de defender o clube na temporada 2005.

“Quando eu conversei com o Coritiba, fiquei feliz pela procura, apesar de eu estar no São Paulo”, conta Marquinhos, rememorando o primeiro turno do brasileiro. Ele diz agora estar esperando os contatos, e que ficaria feliz se o Coxa o procurasse. “Foi no futebol paranaense que eu tive meus melhores momentos, e seria muito legal se eu retornasse”, afirma.

Se, por enquanto, o armador não admite sondagens (na verdade, nega ter sido procurado), nos bastidores as conversas são intensas. Fontes ligadas ao Coritiba confirmam que a negociação está em andamento, e que o acerto está próximo. A atitude de Marquinhos é mais defensiva, até para evitar que o desenlace de junho se repita, mas é muito provável que ele seja anunciado como o primeiro grande reforço coxa para 2005.

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