Jogadores alviverdes desaprovam brigas de jogadores

A quarta-feira foi quente para o futebol brasileiro e o pessoal do Coritiba desaprovou não só o quebra-pau no Maracanã entre Fluminense e Cerro Porteño/PAR (pela Sul-Americana) como a briga entre Obina e Maurício do Palmeiras, que praticamente tirou o time paulista da briga pelo título do Brasileirão.

“É coisa que me deixa chateado, triste porque tenho um bom relacionamento com o Obina e com o Maurício. São ex-companheiros de clube, caras que me dei muito bem, bastante tranquilos e acho que era o calor do jogo, a situação do clube, que vem de resultados negativos”, avalia o zagueiro Jeci.

De acordo com o meia Pedro Ken até no Coritiba tem discussão, mas não dessa maneira. “Mas tudo com respeito e não pode partir para a agressão nem dentro, nem fora do vestiário. Agora, se for para brigar entra no vestiário e resolve lá. Ficar expondo isso aí não é legal, prejudica a equipe e não adiantou nada o que fizeram. Só prejudicou e tirou a chance do título”, aponta.

Mas o que teria levado os dois a isso? “Eles vêm de nove jogos sem ganhar e estão lutando por um título. Acho que ali os ânimos não aguentaram, houve a discussão e ninguém conseguiu conter a raiva e a vontade de querer vencer o jogo e acabou numa briga”, analisa o lateral-esquerdo Luciano Amaral.

Por isso, o zagueiro Pereira considera o fato ruim para todos no esporte. “Ficou ruim para nós, para a torcida e para o espetáculo”, diz. Assim sendo, o diretor de futebol João Carlos Vialle concordou com a punição do Palmeiras aos brigões.

“No momento em que o Palmeiras, no meu entender, perdeu totalmente a chance de ser campeão brasileiro a atitude que eles tinham que tomar era essa. É diferente se o Palmeiras ainda tivesse chance e fosse jogar uma partida decisiva no domingo que vem, aí eu acho que o problema fosse repensado, mas no momento de emoção foi uma atitude correta”, destaca o dirigente.

Já sobre a briga generalizada do Maracanã, uma hora depois da briga entre Obina e Maurício em Porto Alegre, foi reprovada da mesma forma. “Aquilo ali não foi futebol e não tem nem o que dizer, é mais vale-tudo. O pessoal estava querendo se espancar mesmo e infelizmente acontece. É uma má imagem para o torcedor e motiva ainda mais a violência nos estádios”, aponta Luciano.

Ele não participou de nada parecido e avisa que nem quer participar, mas outros jogadores sim, como Pereira. “Infelizmente, já, mas não daquele gênero. A gente fica lutando para que haja paz entre os torcedores e nós dando esse exemplo dentro de campo fica complicado”, lamenta.

Jeci vai além e alerta para outras consequências. “Já participei, você perde a cabeça e, de repente, vem soco, pontapé de tudo o que é lado. Você entra para apartar e toma cascão na orelha. O negócio é complicado e é perigoso. Você toma um soco na cabeça e pode encerrar a carreira como já aconteceu e o melhor é evitar que isso aconteça”, avisa o defensor.

E o campeonato, fica com São Paulo ou Flamengo? “É difícil porque está muito equilibrado e não dá para fazer prognóstico nenhum. Acho que esse é o campeonato mais equilibrado desde que mudaram a fórmula para pontos corridos”, pondera Pereira.

Segundo Pedro, no domingo já será possível definir quem leva. “O título está entre os dois e vai depender muito dessa rodada. Eu acho que o São Paulo está com um pouco de vantagem, mas o Flamengo está numa fase muito boa e quando cresce assim é difícil de segurar”, finaliza o meia.

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