Inter e São Paulo buscam maior título de suas histórias

Porto Alegre – Internacional e São Paulo não buscam apenas o status de melhor time do continente. A conquista da Copa Libertadores da América, às 22h, no Beira-Rio, representará o maior título da história de ambos clubes. A afirmação é ainda mais verdadeira para os paulistas, que têm três conquistas no currículo – 1992, 1993 e 2005 -, mas foram derrotados por 2 a 1, em casa, no primeiro jogo da decisão e colecionaram problemas ao longo do torneio.

?Por todas as dificuldades que superamos até aqui, se o título vier, será o maior da história do São Paulo?, afirma o goleiro Rogério Ceni. ?Ainda temos esperança, não chegamos à segunda final seguida por acaso.? Os gaúchos tentam a primeira conquista continental.

A possibilidade de escalar o centroavante Ricardo Oliveira – que prefere aguardar um documento do Betis confirmando sua liberação – é mais um problema para o técnico Muricy Ramalho, que ainda quebra a cabeça para encontrar um substituto de Josué, expulso no Morumbi. O mais provável é que Richarlyson fique com a vaga. Ramalho e Lenilson têm chances.

Dramas

A incerteza do treinador não é nada, comparado ao que o time enfrentou ao longo da campanha. A cada etapa, um drama diferente. Na fase de classificação, fez exibições irregulares e perdeu invencibilidade de quase 20 anos em casa – 2 a 1 para o Chivas, do México.

O tricolor voltaria a ter dificuldades diante dos mexicanos, na semifinal: o rival perdeu um pênalti, defendido por Rogério, no jogo de volta, em São Paulo.

Sofrimento

Nas oitavas-de-final, no segundo duelo contra o Palmeiras, os são-paulinos tiveram Leandro expulso, foram pressionados e só venceram por 2 a 1 com gol de Rogério nos últimos minutos. Na fase seguinte, Lugano e André Dias levaram cartão vermelho e o time caiu por 1 a 0 diante do Estudiantes. E sofreu muito para derrotar os limitados argentinos – 1 a 0 no tempo normal e 4 a 3 nos pênaltis.

?Já estamos acostumados a sofrer até o fim para conquistar nossos objetivos?, comentou o zagueiro Lugano. ?Temos de fazer um jogo perfeito para voltar de Porto Alegre com o título, mas temos força e experiência suficientes para isso?, completou o uruguaio, que deve fazer o último jogo pelo clube – está sendo negociado com o Fenerbahce, da Turquia.

Luto

O último percalço foi o acidente automobilístico, na sexta-feira passada, que matou o goleiro reserva Weverson e deixou Bruno internado no hospital.

Mas o maior desafio da equipe será reverter a derrota sofrida no primeiro confronto. Precisará superar a qualidade do time gaúcho e a pressão de mais de 50 mil torcedores para vencer por qualquer placar e levar o jogo para a prorrogação. Só fica com a taça pela quarta vez no tempo normal se ganhar por dois gols de diferença.

Betis não manda liberação de Oliveira

Rio – O atacante Ricardo Oliveira, do São Paulo, ainda não tem a autorização do departamento de registro e transferência da CBF para atuar pelo São Paulo contra o Inter, pela final da Libertadores, no Beira-Rio.

A entidade informou que ainda aguarda, durante o dia de hoje, uma autorização do Betis, clube do atleta, para validar a prorrogação do contrato até amanhã.

O departamento de registro e transferência informou que com o objetivo de se precaver, o São Paulo prorrogou o contrato de Ricardo Oliveira para amanhã, em 12 de abril, data em que o nome do atacante foi publicado no Boletim Informativo Diário (BID). Este fato, inclusive, segundo a entidade, dispensa uma nova publicação do atleta no BID.

Desde o dia 12 de abril, a CBF guarda a chegada da autorização do Betis para efetivamente validar o novo prazo do vínculo do jogador com o São Paulo, que acabou na última quinta-feira. Na ocasião, a entidade aceitou a documentação do atleta para facilitar a sua regularização quando a liberação espanhola chegasse.

Abelão esconde escalação do colorado

Porto Alegre – O técnico Abel manteve o script anunciado na semana passada e vai esconder a escalação e o esquema do Inter até o início da decisão – o inédito título de campeão da Libertadores poderá vir com um empate.

A substituição do volante Fabinho, suspenso, se transformou num mistério que pode envolver até a mudança do esquema do time. Se a opção do treinador for por Wellington Monteiro, fica o 4-4-2. Se for pelo zagueiro Índio, o time joga no 3-5-2.

Tentando justificar o suspense, Abel alegou ao final do treino desta terça-feira que está com problemas para definir o time. Informou que tanto Wellington Monteiro quanto Índio estão se recuperando de contusões. ?Se Fabinho pudesse jogar eu esconderia a escalação, mas vocês acertariam mesmo assim?, disse.

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