Hulk festeja reconhecimento na seleção brasileira

Um dos destaques da primeira semana de treinos da seleção brasileira para a Copa do Mundo, o atacante Hulk é hoje titular absoluto do time comandado por Luiz Felipe Scolari, mas já esteve em situação bem menos confortável. Afinal, em 2009, quando teve a sua primeira chance defendendo o Brasil, ele era visto com desconfiança pelos torcedores – afinal, pouco atuou no futebol nacional.

Por isso, Hulk agora celebra o reconhecimento do torcedor brasileiro. “Pouca gente me conhecia. A maioria foi me conhecer mesmo por meio da seleção: nos Jogos Olímpicos de 2012 e, depois, na Copa das Confederações. Então, eu vejo que hoje meu futebol é mais reconhecido por aquilo que é, e isso me deixa muito feliz”, disse o atacante, em entrevista ao site oficial da Fifa.

Além de seu inegável poderio no setor ofensivo, Hulk tem uma importante função na seleção brasileira, por ajudar o sistema defensivo ao fazer a recomposição na marcação. E o atacante garante que não se incomoda em realizar tal função, pois está acostumado com ela, desde a sua passagem pelo Porto, no futebol português.

“O Felipão passou muito tempo no futebol europeu e dá muita ênfase à ideia de os atacantes também voltarem para ajudar a marcação, que é bem mais difundida na Europa do que no Brasil, por exemplo. Na seleção, até o Fred, que é centroavante, volta para recompor. Eu estou totalmente acostumado a isso desde os tempos do Porto, e acho que tem dado certo: quando não temos a bola, estamos todos sempre marcando”, disse.

A ajuda de Hulk na marcação na seleção brasileira é ainda mais fundamental em razão da presença do lateral-direito Daniel Alves, reconhecido pelo seu estilo de jogo ofensivo. O atacante avalia que a parceria com o jogador do Barcelona vem funcionando bem.

“O que acontece é que, para quem joga aberto como eu, é até melhor atuar ao lado de um lateral ofensivo, como é o Daniel. Como, aliás, são nossos dois laterais. Porque isso cria uma preocupação maior dos marcadores adversários e, por consequência, acaba abrindo mais espaços. Agora, claro, quando o outro time tem a bola nós temos que estar bem coordenados para que aquele lado do campo esteja sempre bem coberto”, comentou o atacante.

Para Hulk, o estilo paternal de Felipão é uma das principais razões da união e sucesso do grupo da seleção brasileira. “Ele recebe os jogadores de um modo que todo mundo se sente à vontade e parece que sabe logo como agir: seja um veterano ou um novato. Ele pede, por exemplo, para que todos nós desçamos todos juntos para o almoço ou o jantar e que a gente fique por ali até o fim”, explicou.

Na mesma entrevista, o atacante, hoje no russo Zenit, não fugiu da lista de mais tradicionais seleções do mundo ao apontar os seus favoritos ao título da Copa do Mundo. “Num Mundial é difícil você fugir dos grandes nomes de sempre: a própria história mostra isso. Então, claro: Brasil, Espanha, Alemanha, Itália, Holanda, Argentina… Esses grandes times têm o costume de chegar longe. Mas, além desses que todos estão acostumados a citar, eu acho que Uruguai e Bélgica têm potencial para surpreender”, concluiu.