Honda e Suzuki formam time de F-1

São Paulo – De um lado, a Honda com apoio técnico, dinheiro e motores. Do outro, Suzuki. Mas não a concorrente, fabricante de carros e motos; trata-se do ex-piloto Aguri Suzuki. Sob seu comando nasceu ontem, oficialmente, a 11.ª equipe da F-1 para 2006.

Super Aguri F1 será o nome do time que elevará a 22 o número de carros que estarão no grid da primeira etapa do ano que vem, dia 12 de março no Bahrein. Desde julho de 2002, quando a Arrows fechou as portas depois do GP da Alemanha, que a categoria vinha correndo com apenas 20.

Curiosamente, será nas antigas instalações da Arrows em Leafield (Inglaterra) que a Super Aguri vai funcionar, embora sua sede seja oficialmente em Tóquio, no Japão. E foi lá que Suzuki anunciou a criação do time, num hotel que pertence à Honda.

A montadora será a parceira maior da equipe. Além de fornecer motores e suporte técnico para a construção de um carro, a Honda vai colocar num de seus cockpits Takuma Sato, que foi substituído na BAR ? equipe oficial da fábrica, comprada recentemente ? por Rubens Barrichello. O outro carro deve ser ocupado por um inglês: Anthony Davidson, ex-piloto de testes da BAR. Os pneus serão Bridgestone.

Suzuki, primeiro japonês a subir ao pódio na F-1 com um terceiro lugar em Suzuka/1990, correu na categoria de 1988 a 1995 pela Lola, Footwork, Jordan e Ligier. Disputou 64 GPs e marcou oito pontos. Tem 45 anos e nunca deixou de se envolver com automobilismo. Foi para os EUA e lá montou e mantém uma equipe na IRL, em sociedade com o mexicano Adrian Fernandez.

Aguri disse que pretende ter 100 funcionários em seu novo empreendimento. Já pagou a primeira parcela de US$ 12 milhões à FIA, em forma de caução para se inscrever para o Mundial de 2006. A grana veio do Softbank, um conglomerado financeiro e de comunicações japonês. Em dois anos, o valor total será de US$ 48 milhões, que serão devolvidos se o time sobreviver.

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