Homenagem da Câmara Municipal a Rigoni

O vereador Mario Celso Cunha apresentou projeto de lei ordinária, segundo o qual um dos logradouros públicos ainda não nominado receberá o nome de Jóquei Luiz Rigoni. Trata-se de uma justa iniciativa, pois falecendo aos oitenta anos, seu nome é lembrado como o maior jóquei do turfe brasileiro de todos os tempos.

Luiz Rigoni era natural de Curitiba- PR e faleceu aos 80 anos de idade no dia 3 de agosto de 2006.

Três vezes campeão do Grande Prêmio Brasil, consagrou-se no turfe nacional quando vivia no Rio de Janeiro, sendo campeão por sete anos consecutivos, de 1948 a 1954, quando alcançou o recorde, 192 vitórias.

Iniciou suas atividades no turfe em 1943 no hipódromo do Prado Velho / Guabirotuba, conseguindo sua primeira vitória no dia 16 de maio de l943 e daí em diante foi só sucesso, sempre admirado e muito aplaudido. Conseguiu passar a jóquei rapidamente, se transferindo para a Gávea, onde ganhou destaque nacional.

Rigoni venceu o último Grande Prêmio 1971 e, em l972, aos 46 anos de idade, despediu-se das pistas no Hipódromo do Tarumã, em Curitiba, acumulando 1.367 vitórias.

Sofreu um  acidente na Gávea, onde teve uma grave lesão na coluna, sendo até mesmo desenganado pelos médicos, mas sua perseverança, determinação e afinidade para com o turfe sempre foram muito fortes e, após dois anos de tratamento, voltou às atividades.

Tinha a marca registrada o chicote em balanço próximo às rédeas e cujo movimento assemelhava-se a um violinista, mais do que rápido foi aclamado como o Homem do Violino, apelido dado pelo pianista e compositor Luiz Reis, e como tal eternizou-se em um esporte e numa época em que os nomes de Garrincha, Maria Esther Bueno, Pelé, Eder Jofre eram constante manchetes de jornal.

Sua popularidade, simpatia,  elegância e charme conferiram-lhe especial sucesso para com os cavalos e mulheres, culminando numa homenagem prestada por Nuno Roland que compôs e cantou o tango Dá-lhe Rigoni.

Mais tarde mudou-se para São Paulo onde freqüentou Cidade Jardim e foi grande colaborador do jornal O Estado de S. Paulo, escrevendo uma coluna sobre o turfe brasileiro.

Recebeu, ao longo de sua trajetória, muitas homenagens e conquistou o respeito e admiração, foi, sem dúvida, um dos melhores turfistas do Brasil.

Jamais esqueceu suas raízes e, Curitiba, em gratidão e respeito, presta-lhe esta homenagem, denominando um dos logradouros públicos com seu nome.

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