Grêmio volta a respirar após vencer o São Paulo

Porto Alegre (AE) – O Grêmio agradeceu ao São Paulo por sua fraca apresentação, neste sábado, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Com atuação decisiva do atacante Cláudio Pitbull e diante de um adversário tímido e sem força no ataque, os gaúchos venceram por 2 a 1, foram a 32 pontos, na 21ª colocação, e conquistam um resultado fundamental na tentativa de fugir da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A equipe do técnico Emerson Leão segue com 50 pontos, no 6º lugar, mas pode perder até três posições após os outros jogos da rodada.

Nos primeiros minutos, o São Paulo chegou a causar boa impressão. Tomou a iniciativa da partida, bloqueou as jogadas do adversário, mas não concluiu ao gol. Aos poucos, porém, o Grêmio acertou os contra-ataques e passou a ameaçar Rogério Ceni.

Aos 26, o atacante Marcelinho, livre de marcação, cabeceou mal e desperdiçou bom cruzamento da esquerda. Quatro minutos depois, Claudiomiro ficou frente a frente com Rogério Ceni, bateu forte, mas no reflexo, o goleiro pôs a escanteio.

Graças à precisão de Cláudio Pitbull e à lentidão de Fabão, os gaúchos abriram o placar. Aos 31 minutos, o zagueiro chegou atrasado e cometeu falta em Marciano, na entrada da área. O atacante bateu com força, conseguiu desviar da barreira e acertou o canto esquerdo de Rogério Ceni: Grêmio 1 a 0.

A única chance perigosa para o São Paulo veio aos 41 minutos. Júnior cobrou falta, mas a bola saiu à direita de Márcio. “Chegamos poucas vezes ao gol. O Grêmio também, só criou duas oportunidades, mas aproveitou uma”, reclamou o goleiro Rogério Ceni.

Ciente de que tem em mãos um time extremamente limitado e que há muitas rodadas luta contra o rebaixamento, o técnico Cuca teve o mérito de montar um eficiente e leal sistema de marcação – os gaúchos levaram apenas dois cartões amarelos, ao longo da partida. As jogadas com Cicinho, pela direita, um dos únicos trunfos do time paulista, desta vez não surtiram efeito. Nem pela esquerda, já que Júnior parou na boa atuação do gremista George.

O que não mudou no São Paulo em relação às últimas apresentações foi a ineficiência do ataque. Formado pelo improvisado Nildo e Diego Tardelli – que não arrematou nenhuma vez contra o gol de Márcio -, mais uma vez errou muitos passes e desperdiçou as raras chances criadas.

No segundo tempo, Emerson Leão tentou abrir mais a equipe, com a entrada do atacante Márcio no lugar do zagueiro Alex e de Rondón – notado apenas quando entrou no gramado -, na vaga de Nildo. Além da fraca produtividade dos atacantes, a lentidão da defesa comprometeu a atuação do São Paulo. Um claro exemplo: aos 36, Danilo teve de voltar até a área para fazer a cobertura dos zagueiros, driblados com facilidade por Marcelinho. Não fosse a intervenção do meia, o Grêmio teria ampliado.

Mas dois minutos depois, ninguém conseguiu parar Régis Pitbull. O atacante, muito festejado pelos torcedores, recebeu excelente passe de Felipe Mello, foi mais rápido que os defensores e não teve trabalho para driblar Rogério Ceni e marcar o segundo gol dos gaúchos.

Aos 42, no único cruzamento que fez nos 90 minutos, Júnior colocou na cabeça de Cicinho, que apareceu entre os zagueiros, desviou para as redes e descontou para o São Paulo. Mas era tarde para qualquer reação dos visitantes.

Voltar ao topo