Grandes finais sempre foram na casa do adversário

Decisão fora de casa é com o Atlético. Assim como vai ser na Copa do Brasil, quando fará a grande final contra o Flamengo, no Maracanã, dia 27, o Furacão sempre precisou fazer a partida derradeira longe dos seus domínios. Até hoje, foram quatro finais, sendo que em duas o Rubro-Negro faturou a taça e nas outras duas amargou o vice-campeonato.

A primeira vez foi a Seletiva para a Libertadores, em 1999. Naquele ano, o Brasil ganhou mais duas vagas para o torneio continental. Uma delas ficou para o vice-campeão brasileiro e a segunda foi decidida em um torneio criado pela CBF – antes da Copa dos Campeões do Brasil. A nova competição era formada pelos times que eram eliminados do Brasileirão, tanto na primeira fase quanto no mata-mata da segunda fase.

Pelo caminho, o Furacão deixou para trás Portuguesa, Coritiba, Internacional e São Paulo, até chegar à final contra o Cruzeiro. No primeiro jogo, na Arena da Baixada, o Rubro-Negro venceu a Raposa por 3 x 0. Na volta, no Mineirão, perdeu por 2 x 1, mas com o placar agregado venceu o torneio e conquistou pela primeira vez uma vaga na Libertadores.

Dois anos depois, em 2001, ganhou o seu principal torneio na história, também longe de casa. Com a segunda melhor campanha na primeira fase, o Atlético enfrentou São Paulo e Fluminense nas quartas de final e na semifinal, respectivamente, em jogo único na Arena. Na final, encarou o São Caetano, equipe com a melhor campanha, e que teria o direito de fazer a finalíssima em casa. No primeiro jogo, em Curitiba, vitória por 4 x 2 do Furacão. Na volta, no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, o Rubro-Negro não se intimidou e venceu mais uma vez – agora por 1 x 0 -, faturando mais uma conquista longe dos seus torcedores.

No ano seguinte, Atlético e Cruzeiro se reencontraram em uma nova final, agora pela Copa Sul-Minas. Donos das melhores campanhas da primeira fase, eliminaram Grêmio e Atlético-MG, respectivamente, na semifinal, e foram para a decisão. Primeira colocada na classificação geral, a Raposa teve o direito de fazer o segundo jogo no Mineirão. Na ida, em Curitiba, o Furacão perdeu por 2 x 1. Em Belo Horizonte, foi mais uma vez derrotado por 1 x 0.

Por fim, em 2005, veio aquela que seja talvez a mais traumática decisão para os atleticanos. Depois de se classificar para a segunda fase, quase nos últimos minutos, o Rubro-Negro passou por Libertad, do Paraguai, Santos e Chivas, do México, até chegar à decisão da Copa Libertadores, contra o São Paulo. Porém, o time não só teve que fazer a partida decisiva no Morumbi, como não foi não autorizado, devido ao regulamento, jogar a primeira decisão na Baixada, mandando o confronto no Beira-Rio, em Porto Alegre, onde empatou por 1 x 1. Em São Paulo, a equipe rubro-negra foi goleada por 4 x 0 e amargou mais um vice-campeonato.