Ginástica masculina ganha espaço

O cenário da ginástica artística masculina do Brasil já está mudando com a inédita medalha de ouro de Diego Hypólito no Mundial de Melbourne, na Austrália, encerrado no último domingo. Pela primeira vez a equipe masculina foi convidada para participar da American’s Cup na Pensilvânia, em março de 2006. Enquanto isso, as meninas lideradas por Daiane dos Santos, que terminou em sétimo lugar no solo, sequer foram lembradas.

"Sem dúvida, foi o mundial dos meninos. Precisávamos de um ícone no masculino. Vamos torcer agora por investimento", pediu Vicélia Florenzano, presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, no desembarque da equipe brasileira ontem, em Guarulhos. Por enquanto, só a equipe feminina tem patrocínio.

"Estou bem feliz. Não esperava esse resultado, porque a gente sempre pensa em bom resultado a longo prazo. Agora, é aproveitar um pouco do resultado, da medalha. Estou meio besta, ainda", disse Diego, segurando a medalha de ouro, ao lembrar da cirurgia na tíbia (ele está com dois pinos da cirurgia), que o deixou seis meses parado. Ele  chegou ao mundial com apenas três semanas de treino forte.

A confiança foi retomada quando soube que iria à Austrália. "Estava feliz só por estar no avião e poder competir. Quando cheguei e fiz meu primeiro treino, senti que estava arrebentando", contou.

Vicélia, presidente da CBGin, contou que os técnicos russos pegaram no pé de Oleg Ostapenko, ucraniano e técnico da equipe brasileira. "Um pouco antes do mundial, ele foi a Paris e perguntaram o que havia acontecido ao Diego. Oleg contou da cirurgia, falou que estava voltando a competir. No mundial, foram cobrá-lo: "Você mentiu? Ele (Diego) está melhor do que nunca!’", contou a dirigente. Para Vicélia, Diego será "campeão olímpico em Pequim/2008"

Voltar ao topo