Futebol paranaense dá adeus ao “Feiticeiro”

O futebol paranaense perdeu um de seus grandes personagens. Morreu, ontem à tarde, em Curitiba, aos 81 anos, o “Feiticeiro” Hélio Alves. Ex-supervisor de futebol, que também atuou como jogador e técnico, foi celebrizado por trabalhos em vários times paranaenses.

No Atlético, foi um dos responsáveis por levar o clube ao 3.º lugar no Brasileiro de 1983. No Coritiba, atuou como fiel escudeiro de Evangelino da Costa Neves, inclusive na conquista do título nacional de 1985.

Pai do supervisor do Coritiba Paulinho Alves, Hélio estava internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, devido a problemas cardíacos que já vinham o acompanhando há algum tempo. Nos últimos anos da vida, já aposentado, preferia passar seu tempo em sua casa, em Praia de Leste, no litoral do Estado.

“O Hélio Alves era sensacional”, afirma o pesquisador e historiador do futebol do Paraná, Heriberto Ivan Machado. “Gostava muito dos bastidores e virou lenda por célebres trabalhos que fazia para seus times ganharem”, diz, ao explicar o porquê do apelido “Feiticeiro”.

Para Machado, a trajetória de Alves acompanha e se mistura à evolução do futebol do Paraná. “Ele começou no futebol meramente doméstico do Estado. Na ascensão para o nível nacional, ele estava no meio”, lembra.

Alves entrou no futebol em 1944, como atleta do C. A. DNC (Departamento Nacional do Café), de Paranaguá (sua cidade de origem). Mas foi 10 anos depois, no Seleto – clube da mesma cidade -, que sua carreira no esporte deslanchou.

Lá, em apenas três anos, passou de jogador para técnico, e em seguida para diretor de esportes. O apelido teria vindo depois, quando dirigiu o Rio Branco, devido aos milagres que fez com o limitado time. O corpo de Hélio Alves está sendo velado na Capela Vaticano, ao lado do Cemitério Municipal, onde será cremado às 15 horas de hoje.

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