Futebol brasileiro se despede de Urubatão Calvo Nunes

O futebol brasileiro se despediu ontem de Urubatão Calvo Nunes, 79 anos. Nascido no Rio de Janeiro, o ex-treinador de equipes paranaenses como Coritiba, Colorado (atual Paraná Clube) e Londrina morreu depois de não resistir a um tumor no cérebro.

No Coritiba, em 1986, Urubatão criou polêmica em torno de suas superstições. Alguns jogadores diziam que o então treinador não os deixava tomar banho antes dos jogos, “para não atrapalhar no aquecimento”.

O ex-técnico também comandou o Colorado no Campeonato Brasileiro de 1983 e trouxe jogadores como Marola, goleiro da ‘Sele-Boca’ do ano seguinte. “Ele era acima de tudo um motivador, que gostava de ver o time forte na marcação”, recordou Caxias, ex-zagueiro do Colorado, onde aprendeu com Urubatão um lema que carregou durante parte de sua carreira na hora de dividir bolas: “primeiro chora a mãe deles, depois a minha”.

Apesar de na capital paranaense ter conquistado apenas amizades e espaço em contos folclóricos, foi no interior que Urubatão realizou seu maior feito em território estadual.

No comando do Londrina, ele foi campeão estadual de 1981, vencendo o Grêmio Maringá no mais emblemático Clássico do Café da história. Urubatão jogou no Santos na ‘era Pelé’. Zagueiro, também defendeu Bonsucesso-RJ e Ponte Preta.

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