Dia dos Pais com tabu mantido, mas com a sensação de que poderia ter sido melhor para o Atlético, que empatou com o São Paulo por 1 a 1 na noite de ontem na Arena da Baixada.
O resultado pelo menos foi importante para manter os paranaenses fora da zona da degola, com 14 pontos, um a mais que o Goiás, 17º na classificação. Agora são 13 jogos de invencibilidade rubro-negra contra o Tricolor do Morumbi.
Os donos da casa treinaram bastante durante a semana a marcação sob pressão e os primeiros movimentos da partida deixaram claro que este era o objetivo do treinador Paulo César Carpegiani.
Tanto que no abafa, no primeiro lance do jogo, Guerrón foi para o combate em cima do zagueiro são-paulino Miranda, que bobeou e permitiu a roubada do adversário a alguns passos da grande área.
O equatoriano chegou perto da linha de fundo pela direita e cruzou rasteiro na área. Para azar dos rubro-negros o argentino Nieto chegou atrasado no momento da finalização.
O Atlético continuou atacando e testando a defesa são-paulina mas esbarrava na afobação de seu ataque. Tamanha afobação fez com que sobrassem espaços na defesa, que só foram explorados aos 13 minutos por Ricardo Oliveira em um chute de fora da área que exigiu uma defesa difícil de Neto. A bola chegou a raspar o travessão e foi para fora.
| Allan Costa Pinto |
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| Rubro-Negro ampliou para 13 o número de jogos sem perder em casa do rival paulista. |
Com o tempo Paulo Baier passou a concentrar as jogadas de perigo atleticanas. Até o final da primeira etapa foram quatro escanteios e três cruzamentos para a área, sempre tendo como objetivo o atacante Nieto, que teve chances de finalizar de cabeça.
O argentino não conseguiu abrir o placar, mas exigiu três defesas difíceis de Rogério Ceni. Numa delas, o atacante hermano matou no peito, tirou Samuel da marcação e chutou meio sem jeito. O arqueiro visitante precisou se esticar para evitar que a pelota entrasse no canto direito.
Série de escanteios
Como o São Paulo não assustava, o Atlético manteve a posse de bola e continuou pressionando na segunda etapa, mas não conseguia tabelar para chegar ao gol. Como não dava certo por baixo, dá-lhe chuveirinho na área visitante.
Em dez minutos Paulo Baier cobrou sete escanteios e apenas um levou perigo. Só que foi o zagueiro Miranda que quase marcou contra. Para tentar trabalhar a bola no chão, Carpegiani colocou Maikon Leite e Mithyuê nos lugares de Netinho e Guerrón, aos 18 minutos.
As mudanças não surtiram efeito nos minutos seguintes e foi o São Paulo que abriu o placar. Em uma jogada despretensiosa de Marlos pela lateral esquerda aos 23 minutos, o jogador nascido em Curitiba foi mais esperto que Manoel, roubou a bola, seguiu até a linha de fundo sem marcação e atrasou para a meia-lua da grande área. Como a marcação atleticana fechava com Fernandão, Cléber Santana chegou sozinho e chutou firme, vencendo o goleiro Neto.
O Atlético não sentiu o placar adverso e continuou em cima do São Paulo. Minutos depois, Nieto recebeu um lançamento de Chico e passou para Maikon Leite na entrada da área.
O atacante tentou finalizar mas acertou Miranda. Na raça, o atleticano seguiu no lance, livrou-se da marcação, chutou no ângulo de Rogério Ceni e empatou o jogo.
O gol poderia ter incendiado a partida, mas logo depois Manoel fez falta em Junior Cesar num começo de contra-ataque pela esquerda e levou o segundo cartão amarelo.
Mesmo com a vantagem de um jogador a mais, os visitantes preferiram amarrar o jogo e fazer girar a bola ao redor da defesa atleticana. Apenas aos 32 minutos o São Paulo assustou com Ricardo Oliveira, q,ue chutou no canto de Neto. O goleiro salvou o Atlético.
Os donos da casa ainda tentaram chegar à vitória mas esbarraram na atuação do apitador carioca Gutemberg de Paula Fonseca, que em um lance de contra-ataque de Maikon Leite. O auxiliar deu condição mas o árbitro mandou o lance parar apontando impetimento.
O jogo terminou com os gritos de “Vergonha!” vindos da arquibancada e a revolta do torcedor na Arena. Agora é pensar em outro paulista. O próximo compromisso do Rubro-Negro é contra o Palmeiras, no próximo sábado, às 18h30 no Pacaembu, em São Paulo.