Furacão jogou acuado após expulsão de Ferreira

Como o empate não era mau resultado e devido ao forte calor em Recife, o Atlético começou cadenciando a partida e esperando o Náutico. Tanto que, nos primeiros minutos, se dedicou apenas a destruir o que o adversário tentava criar.

E aos 17 veio o alívio. Ferreira tabelou com Fernando e recebeu na entrada da área, para soltar um petardo e abrir o placar nos Aflitos. No entanto, 4 minutos depois, foi o colombiano quem deixou o torcedor rubro-negro nervoso, passando de herói a vilão.

No meio-campo e sem necessidade, ele deu um carrinho no zagueiro Titi e foi expulso, num lance de interpretação da arbitragem, porém discutível. “Acho que ele foi muito rigoroso, pois o carrinho não pegou”, afirmou o treinador Geninho.

Com um jogador a mais e perdendo, Roberto Fernandes tirou um zagueiro, já que jogava no 3-5-2, e lançou mais um atacante: Kuki. A partir de então, o jogo se transformou num ataque contra defesa. Sorte que a equipe vermelha e branca só conseguiu manter a posse de bola e não incomodou nas finalizações.

Virada

Na saída para o intervalo, os jogadores atleticanos comentaram que era preciso marcar mais e ter tranqüilidade para sair com o resultado positivo. Porém, o que se viu na etapa complementar foi a repetição do 1.º tempo. O Náutico em cima e pressionando, mas sem conseguir espaço para arrematar.

Para melhorar a presença de área do time pernambucano, Clodoaldo entrou em campo e se transformou no homem do jogo. Na 1.ª oportunidade, quase empatou de cabeça, aos 17 minutos. Só que, na seqüência, ele não perdoou. Cruzamento da direita para o baixinho Kuki que, num toque rápido, deixou Clodoaldo à vontade para completar: 1 a 1.

Com o gol, a animação no Timbu cresceu e o time foi para o abafa. Praticamente numa repetição da jogada que originou o empate, aos 34, a zaga atleticana falhou novamente e sofreu a virada: 2 a 1 – mais uma vez Clodoaldo. Extenuado, o time paranaense ainda criou sua última chance aos 45, quando a zaga do Náutico impediu o gol de Júlio César, em cima da linha.