Furacão encara o Botafogo pela Copa Sul-Americana

Atlético e Botafogo entram em campo amanhã no Estádio João Havelange, no Rio de Janeiro, em busca da classificação às oitavas-de-final da Sul-Americana. Entretanto, o confronto representa muito mais do que apenas ingressar na fase internacional da copa continental.

Significa para ambos os clubes o resgate da auto-estima e confiança para a continuidade no Brasileirão. Recai no famoso jargão do “ou vai ou racha”. Quem vencer o jogo consegue um ânimo extra para enfrentar as dificuldades do próximo fim de semana. No caso rubro-negro, o Sport, na Arena. O Fogão joga contra o Santos, em Santos.

Já a desclassificação seria um balde de água fria e com reflexo muito negativo sobre o grupo. Atuar pressionado torna o trabalho ainda mais difícil, conforme explica o experiente Alex Mineiro.

“Psicologicamente atrapalha jogar com essa pressão. É diferente quando você está disputando as primeiras posições e as coisas fluem naturalmente. A motivação é outra. Jogar sempre nesta zona de rebaixamento é uma pressão muito grande e atrapalha o grupo” afirmou o atacante que voltou a marcar gol pelo campeonato.

O ídolo da torcida do Furacão acredita que a recuperação do Atlético na temporada passa por um triunfo diante do Botafogo. “Será outra batalha. Temos que buscar nossa classificação. Para depois encarar o Sport com mais tranquilidade”, afirma.

O treinador Antônio Lopes segue a mesma linha de raciocínio. “Para efeito de motivação, o time precisa ganhar a partida. Tem que entrar e jogar bem”, resume.

A má fase vivida pelo adversário (zona da degola do Brasileirão) não significa facilidade para o Furacão. O Alvinegro carioca também deseja obter a classificação para elevar o moral.

“Tem que trabalhar a auto-estima. A falta de vitórias traz ansiedade”, comentou o técnico Estevam Soares após o empate (0 a 0) com o Fluminense, no último domingo.