Onda de greve

Funcionários do Tricolor em greve por atraso nos salários

Os funcionários que trabalham no estádio Erton Coelho Queiroz continuam parados por falta de pagamento dos salários. O início da paralisação aconteceu no último dia 11 de março e, desde então, trinta trabalhadores cruzaram os braços. A negociação entre funcionários da Vila Olímpica do Boqueirão está sendo liderada pelo Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado do Paraná (Senalba-PR).

A promessa da diretoria tricolor era de sanar totalmente as dívidas até o dia 28 de fevereiro. “O clube pagou o décimo terceiro, mas não os salários de janeiro e fevereiro. Inclusive o presidente Rubens Bohlen fez a promessa de pagar na assembleia dos funcionários”, disse o advogado do Senalba, Luiz Carlos.

Sem os funcionários trabalhando, alguns serviços estão sofrendo com atrasos, como a lavanderia, rouparia e refeitório. Já para o setor da segurança do patrimônio, o clube decidiu contratar um serviço particular. “Os funcionários estão em greve e o sindicato formalizou a situação ao Paraná. O que ocorre é que o clube silenciou e os empregados estão afastados”, relatou o advogado.

O sindicato procurou o Ministério Público do Trabalho para pressionar o Paraná, e segundo o representante jurídico dos trinta funcionários, o clube só promete e não cumpre os compromissos. “Uma alternativa é pedir a rescisão indireta do contrato de trabalho, isto é, a culpa é toda do patrão. Sendo assim, nestas circunstâncias o funcionário teria todo o direito trabalhista como se a demissão tivesse sido provocada pelo Paraná Clube”.

Os funcionários aguardam o posicionamento do clube através do Senalba-PR e cogitam novas ações nos próximos dias. “Eles (funcionários) não estão fazendo piquete e nada que possa conturbar o ambiente. Caso não ocorra um acerto nas próximas 48 horas, obviamente teremos que estudar outras medidas”, completou Luiz Carlos.

O Paraná Clube admite o atraso e espera solucionar até o final deste mês as pendências. O patrocínio firmado com a Caixa Econômica Federal pode colaborar, mas a parcela deve ser liberada na próxima quinzena. “Temos para receber da Caixa. Estamos nos enquadrando em alguns parâmetros que estão estabelecidos em contrato e dentro de quinze dias a gente consegue o crédito que irá nos ajudar”, ressaltou o vice-presidente Celso Bittencourt.

Dentro de campo, os atletas continuam trabalhando normalmente na Vila Olímpica do Boqueirão. Inclusive, o treino de hoje está marcado para o Erton Coelho Queiroz, palco de mais uma crise paranista.