Ciudad Guzmán – Dona do único título mundial do remo brasileiro, Fabiana Beltrame chegou aos Jogos Pan-Americanos como favorita para conquistar a primeira medalha de ouro do Brasil em 24 anos – a última foi obtida por Ronaldo e Ricardo Carvalho, na prova do dois sem, no Pan de Indianápolis, em 1987. A catarinense de 29 anos subiu ao pódio ontem, feito inédito entre as remadoras do País, mas ficou com a prata no single skiff peso leve, repetindo resultado que João Borges Júnior e Alexis Mestre conseguiram na última terça, também no dois sem.
“Estou meio engasgada por não ter ficado com o ouro, mas feliz pela conquista inédita”, disse Fabiana Beltrame, estrela solitária do remo feminino brasileiro. “O remo é muito objetivo: chegou na frente, ganhou. Meu pico foi no Mundial (no começo de setembro, na Eslovênia), acho que posso ter caído um pouco. Para a americana, o Pan foi a prioridade”, disse a brasileira, ao comentar sobre a campeã Jennifer Goldsack, que superou os 2.000 metros da raia de Ciudad Guzmán em 7min48s77, mais de seis segundos à frente de Fabiana, que fez 7min55s42.
No começo de setembro, Fabiana Beltrame conquistou o inédito título mundial para o remo brasileiro, ao vencer a prova do Single Skiff peso leve no campeonato disputado na Eslovênia. Na final desta quarta-feira, porém, ela fez um tempo bem pior do que conseguiu no Mundial (7min44s58). E ainda foi superada por uma rival que tinha vencido na fase classificatória do Pan – na ocasião, fez 8min20s18, deixando a norte-americana Jennifer Goldsack em segundo lugar (8min25s32).