Final em branco e preto

São Paulo

  – Tradicional e inédito. Parece absurdo? Mas não é. Santos e Corinthians já se enfrentaram 28 vezes em campeonatos brasileiros. O time do Parque São Jorge tem ligeira vantagem, com 10 vitórias (mesmo número de empates), contra oito do arqui-rival. Mas no saldo de gols os santistas estão na frente: 31 contra 29. Já no histórico geral do confronto, são 271 partidas, sendo 114 vencidas por corintianos (512 gols), 81 por santistas (421) e 76 igualdades. Contudo, um detalhe: hoje, às 17h, no Morumbi, acontece o primeiro encontro dos dois alvinegros paulistas numa final de brasileiro.

E a longa história é apenas mais um tempero nesse encontro que traz ainda o charme de ser o mais antigo do futebol paulista. São 89 anos de rivalidade. E se para o Corinthians, acostumado a decisões, o título representa a tríplice coroa: a equipe de Carlos Alberto Parreira foi campeã do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil de 2002, para o time de Emerson Leão é a chance de entrar para a história com o mérito de ter acabado com uma ?fila? de 18 anos. O último troféu que desceu a serra foi o do paulista de 1984, vencido exatamente contra o Corinthians.

No campo, a premiação de dois estilos distintos. De um lado os irreverentes meninos da Vila, com velocidade e habilidade que empolgam até mesmo torcedores adversários. Do outro, um grupo coeso, regular, acostumado com partidas decisivas e que pratica um futebol de obediência tática e toque-de-bola cadenciado.

Problemas existem dos dois lados. Parreira não vai poder contar com seu meio-campo titular. Vampeta, contundido, e Fabinho, suspenso, são os desfalques. A alternativa foi entrar com três zagueiros, sendo que Scheidt vai atuar adiantado, o que para muitos corintianos é certeza de ?fortes emoções?. Do lado da Vila, Leão escalou Michel e Preto nos lugares de Maurinho e André Luís, ambos suspensos.

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