Festa do interior no futebol paranaense

Para seis times do interior paranaense, 2006 foi um ano de festa. Adap, de Campo Mourão, agora em Maringá, Rio Branco, de Paranaguá e Roma Apucarana conquistaram vaga para a Copa do Brasil, um feito inédito em suas histórias. Portuguesa Londrinense, Cascavel e Iguaçu retornaram à 1.ª Divisão estadual.

Quem mais brilhou foi a Adap. A equipe de Campo Mourão eliminou os favoritos Atlético e Coritiba no Campeonato Paranaense e decidiu o título contra o Paraná, em abril. Como o estádio Roberto Brzezinski não tinha a capacidade mínima (15 mil lugares) exigida pelo regulamento, as finais aconteceram no Willie Davis, em Maringá, e no Pinheirão, na capital.

O troféu ficou com o Paraná, que se rendeu à qualidade do vice. O lateral-direito Ângelo e os volantes Batista e Felipe Alves reforçaram o campeão paranaense no Brasileiro (em setembro, Ângelo se transferiu para o Qatar). Também não faltou reconhecimento ao técnico da Adap. Gilberto Pereira assumiu o Coritiba em dezembro.

O Rio Branco festejou a melhor campanha de sua história: o 4.º lugar no Campeonato Paranaense. A caravana que acompanha o treinador Itamar Bernardes (o goleiro Vilson, o zagueiro Rodrigo, os volantes Gian, Doriva e Márcio e o atacante Neizinho) repetiu em Paranaguá o sucesso obtido no Paranavaí há três anos.

O Paraná fez o Rio Branco parar na semifinal, mas o beneficiou indiretamente no final do ano.

Ao se classificar para a Libertadores, o Tricolor abriu vaga na Copa do Brasil para a equipe litorânea.

O Roma também se classificou para a Copa do Brasil, mas vai usar este bônus em 2008. O time de Apucarana também se garantiu na Série C do Brasileiro de 2007 ao vencer a Copa 100 Anos, torneio que contou com 12 participantes (todos da 1.ª Divisão Estadual) no segundo semestre.

A preparação para a Copa 100 Anos foi luxuosa: em maio, o elenco comandado pelo técnico Claudemir Sturion embarcou para a Alemanha, onde enfrentou equipes da segunda e da terceira divisão alemã. Na volta ao Brasil, o goleiro Alexandre e o atacante Juliano, autor de sete gols, tornaram-se ídolos no Estádio Bom Jesus da Lapa.

Pendenga pro ano que vem

Subiriam apenas dois clubes da Divisão de Acesso para a Série Ouro (1.ª Divisão) do Paranaense. Estes seriam o Iguaçu, de volta à elite após 10 anos, e a Portuguesa Londrinense, rebaixada em 2003. Porém, a utilização irregular do atacante Gilson (que estava suspenso por 120 dias) fez o time de União da Vitória perder seis pontos e, conseqüentemente, a vaga entre os grandes. Sendo assim, a taça ficou com a Portuguesa e o 2.º lugar com o Cascavel.

Em dezembro, a desistência do União Bandeirante e a fusão entre Adap e Galo Maringá abriram mais duas vagas, que a Federação Paranaense de Futebol preencheu com o Iguaçu e com a permanência do Toledo. No final das contas, subiram três.

Seis torcidas do interior festejaram em 2006. Ou melhor, sete. Com a união Galo/Adap, a de Maringá ganhou a chance de ver jogos da Copa do Brasil. E, ao contrário dos anos passados, quando recebeu Paraná e Cianorte, desta vez a festa será pelo dono da casa. Mais uma festa do interior.

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