Festa da tocha do Pan em Curitiba com dois protagonistas

Foram cinco horas e meia de passeio por Curitiba. E a tocha dos Jogos Pan-Americanos, ilustre visitante do dia, foi festejada em quarenta e oito ruas de dezessete bairros – passando por pontos históricos e turísticos da cidade, incluindo a sede do Grupo Paulo Pimentel. Os dois principais protagonistas da cerimônia de ontem -Renan e Rolando – foram estrelas do esporte no passado e são exemplos de persistência e de obstinação.

Quem lembra de Renan dal Zotto, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, pode recordar apenas do atacante certeiro, que influenciou uma geração de jogadores de vôlei no Brasil e na Itália, onde jogou por várias temporadas. Mas Renan sofreu muito com lesões, e mesmo assim atuou com excelência por longo tempo nos clubes e na seleção brasileira.

Hoje técnico da Unisul/Florianópolis, vice-campeão da Superliga masculina, Renan chegou a Curitiba como embaixador do pan. E ficou feliz por participar da festa na capital do Paraná. ?Curitiba é uma cidade maravilhosa, que promove o esporte e sabe da importância do pan-americano para o Brasil?, disse o ex-jogador.

Ao lado do prefeito Beto Richa, ele começou o evento às 11h38 de ontem acendendo a chama pan-americana no Jardim Botânico. ?É uma honra para Curitiba receber a tocha do pan, que representa a integração dos povos. A presença destes ex-atletas, Renan e Rolando, serve para que a juventude veja os exemplos do esporte, que é um importante instrumento de educação e sociabilização?, afirmou Richa.

O prefeito citou Rolando Ferreira Júnior porque foi ele, ex-jogador de basquete, quem iniciou a trajetória da chama em Curitiba. Rolando foi um desbravador. Depois de longo período, ele foi um dos primeiros jogadores locais a chegar à seleção brasileira, nos anos 80s. Em 87, fez parte do grupo que conquistou a inédita medalha de ouro no Pan de Indianápolis. Emocionado, ele agradeceu a possibilidade de ser o primeiro condutor da tocha. ?É um reconhecimento do meu trabalho. Carregar a tocha significa que a cidade valoriza os atletas locais?, afirmou Rolando, que foi indicado pela Prefeitura de Curitiba.

Dali em diante, outras 81 personalidades levaram a chama pan-americana pelas ruas de Curitiba. Atletas, paraatletas, técnicos, médicos, dirigentes (como Vicélia Florenzano, presidente da Confederação Brasileira de Ginástica) e anônimos tiveram a honra de carregar a tocha. Um dos últimos foi a estudante Gleiciele da Silva, de apenas 13 anos. ?Estou muito emocionada. Não pensei que carregar a tocha fosse me deixar tão feliz como estou?, festejou.

Às 17h08, a festa foi encerrada na Praça Santos Andrade. O prefeito Beto Richa acendeu a pira dos Jogos Pan-Americanos. ?É uma honra para Curitiba fazer parte deste evento maravilhoso?, finalizou o prefeito.

Voltar ao topo