São Paulo – A Ferrari começa hoje no Bahrein uma batalha particular para evitar uma sucessão de maus resultados que não se vê há tempos. Se não vencer a corrida de domingo, completará quatro seguidas sem vitória, seqüência que aconteceu pela última vez em 1999, ano em que Michael Schumacher quebrou a perna no GP da Inglaterra. Naquela temporada, o time vermelho amargou duas séries de quatro provas sem vencer: entre os GPs da Espanha e da Inglaterra e, depois, da Hungria até o GP da Europa, em Nürburgring.
De lá para cá, a pior estiagem vivida por Maranello aconteceu em 2003. O time passou em branco nas três primeiras provas do ano (Austrália, Malásia e Brasil). A partir de então, nunca ficou mais de duas corridas sem levar um piloto ao degrau mais alto do pódio.
A chance de reagir imediatamente, no entanto, é remota. Derrotada pela Renault nas duas primeiras etapas desta temporada (perdeu a última de 2004 também, para Montoya, então na Williams), a Ferrari estréia seu novo carro praticamente sem conhecê-lo. A F2005 foi testada apenas uma vez por cada um de seus pilotos titulares e nada mais.
A decisão de antecipar a estréia do novo modelo foi tomada a partir da conclusão de que a F2004M simplesmente é incapaz de andar perto do pelotão da frente. Schumacher e Barrichello largaram, nas duas provas já realizadas este ano, depois do décimo lugar no grid. E, nas corridas, particularmente na Malásia, os pneus Bridgestone não agüentaram o tranco.
Os pneus também foram um problema nas classificações. Muito duros, não atingem a temperatura ideal para permitir bons tempos em voltas lançadas. Os concorrentes da Michelin, desde o ano passado, já mostraram maior eficiência nesse quesito.
Os treinos para o GP do Bahrein começam hoje às 5h com a primeira sessão livre. A segunda tem início marcado para as 8h (de Brasília). O grid começa a ser definido amanhã às 7h e termina no treino de domingo às 4h30. A corrida acontece às 8h30 e terá 57 voltas. A previsão para o deserto de Sakhir, naturalmente, é de sol e calor.