Ferrari retira todos os processos contra a Mclaren

A Ferrari anunciou a decisão de renunciar às ações legais contra a McLaren, motivadas pelo caso de espionagem de 2007.

O comunicado, divulgado pela escuderia italiana nesta sexta-feira (11), afirma que "a Ferrari aceita o renovado pedido de desculpas da McLaren pelos notórios acontecimentos ocorridos durante o campeonato de Fórmula 1 2007 e, visando o interesse da Fórmula 1, e com base no fechamento dos procedimentos esportivos empreendidos pela Federação Internacional do Automóvel (Fia) e pelo Conselho Internacional contra a McLaren, anuncia que aceitou concluir todos os procedimentos legais ainda abertos entre as duas partes; o valor estabelecido como ressarcimento recebido da equipe inglesa será doado para a caridade".

Em resposta, a McLaren divulgou um comunicado afirmando que "à luz do fechamento formal, em dezembro de 2007, do procedimento contra a McLaren por parte da Fia e do Conselho Mundial, e em consideração às públicas e reiteradas desculpas apresentadas pela McLaren à Ferrari, as duas escuderias concordaram em colocar fim às várias disputas entre elas sobre essa questão".

A escuderia inglesa afirma também ter estabelecido, em comum acordo com a Ferrari, o reembolso dos custos e das despesas relativas ao ocorrido. Todas as ações legais da Ferrari contra o ex-chefe dos mecânicos envolvido no escândalo, Nigel Stepney, ainda permanecem abertas.

O caso de espionagem na Fórmula 1 começou oficialmente em 22 de junho de 2007, quando a Ferrari apresentou uma queixa contra Nigel Stepney, acusado de tentar sabotar o carro antes do GP de Mônaco.

Em 3 de julho, a McLaren suspende o seu projetista-chefe, Mike Coughlan. Na casa dele foram encontrados dados técnicos da Ferrari F2007: 780 páginas com ilustrações. No dia seguinte, a Fia abre um inquérito. Em 10 de julho, é feito um acordo com Caughlan, que entrega um relato do ocorrido. A Ferrari transmite o documento à Fia. Em 26 de julho, chega a primeira sentença em Paris. A Fia não estabelece punições para a McLaren por falta de provas.

Em setembro, chegam à Fia novas provas e, no dia 13 do mesmo mês, a Fia sanciona a McLaren, afastando-a do mundial. A McLaren recebe uma multa de US$ 100 milhões, mas, excepcionalmente, a Fia não pune os pilotos da escuderia inglesa porque eles forneceram provas no processo. Em 21 de setembro, a McLaren anuncia que não apelará contra a decisão.

Voltar ao topo