EUA vencem, mas Brasil demonstra evolução

Guangzhou – A seleção brasileira masculina de basquete teve uma grande atuação, mas foi derrotada pelos Estados Unidos por 90 a 86, ontem, em um amistoso internacional disputado na cidade de Guangzhou, na China.

O jogo contra os norte-americanos, que contam com jogadores da NBA, faz parte da série de jogos preparatórios para o mundial do Japão. Anteriormente, o Brasil havia vencido a Nova Zelândia por cinco vezes e perdido para a Argentina.

Depois de um primeiro tempo fraco e com muitos erros no ataque – o placar foi de 52 a 38 para os Estados Unidos -, o Brasil melhorou tanto na parte defensiva quanto na ofensiva. Com o armador Leandrinho Barbosa, que joga no Phoenix Suns, acertando seus arremessos e o pivô Ânderson Varejão, do Cleveland Cavaliers, pegando rebotes, a seleção brasileira reagiu a ponto de fazer 16 pontos seguidos no início do terceiro quarto e virar o marcador da partida.

No quarto período, os Estados Unidos, que já não contavam com o ala Carmelo Anthony – saiu com uma lesão no joelho direito -, voltaram a acertar seus arremessos e o jogo ficou equilibrado até os últimos segundos. Por conta da ansiedade de alguns jogadores brasileiros, especialmente o armador Alex Garcia, o Brasil perdeu inúmeras chances de se manter na liderança. Faltando cinco segundos, e com o placar contra em 86 a 89, o armador Marcelinho perdeu a posse de bola e a oportunidade que a seleção tinha de tentar a prorrogação.

?O time não começou bem, mas todos mostraram excelente reação. Provamos que podemos encarar de igual para igual qualquer seleção. Ainda temos trabalho pela frente até o Mundial, mas os próximos jogos servirão para acertar os últimos detalhes. O importante é que o grupo está jogando bem, entrosado e cada um sabe seu papel em quadra?, disse Leandrinho.

No mundial, a seleção está no Grupo C e fará sua estréia contra a Austrália, no dia 19.

Caio, uma das apostas de Lula

São Paulo – Um dos jogadores da nova geração em que o técnico Lula Ferreira aposta é o pivô Caio Torres, de 19 anos. Com 2,11 m, o jogador já começa a sentir uma responsabilidade maior do que têm os novatos. Sua posição é a mais carente da seleção, já que Nenê e Baby, ambos da NBA, pediram dispensa do grupo.

?Esta é a oportunidade que Deus me deu e sei que não posso perder. Sei que não é sempre que um jogador chega novo em uma seleção e tem a oportunidade de ir a um mundial?, diz Caio, que começou a carreira em São Bernardo e joga no Rayet Guadalajara, da Espanha.

Jogando há dois anos na Europa, Caio garante que já amadureceu muito e tem muito a oferecer à seleção comandada por Lula Ferreira. ?O nível de jogo lá é mais forte. A estrutura na Europa é muito diferente. Você tem do bom e do melhor lá. Não penso em voltar a jogar no Brasil, não.? Para 2007, o plano de Caio é já se inscrever no draft da NBA: ?Se eu jogar bem na Espanha na próxima temporada, já quero me inscrever?, conclui.

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