É coisa rara, em pistas longas como Spa, com seus mais de 7 km de extensão. Nos treinos livres de ontem, nada menos do que 18 pilotos ficaram separados por menos de um segundo.
Lewis Hamilton, com a McLaren, foi o mais rápido: 1min47s201. Rubens Barrichello, o 18º, fez um tempo apenas 0s929 pior. Isso tudo na segunda sessão de treinos livres, com sol tímido e pista seca. A primeira, no molhado, serviu só para isso: molhar os carros.
O GP da Bélgica terá seu grid definido hoje a partir das 9h de Brasília, pois, sob a expectativa de equilíbrio, exceção feita àquele que parece já ter garantido o último lugar, Luca Badoer -o substituto de Massa na Ferrari.
O italiano, ontem, foi 2s010 pior que Hamilton, e quase isso mais lento que seu companheiro, Kimi Raikkonen, terceiro colocado do dia. “Meu objetivo é passar para o Q2”, disse Badoer, que deve ser substituído em Monza por outro piloto. Qualquer um.
As más posições da Brawn, lá atrás com Button e Barrichello, não preocuparam o time que lidera o Mundial. “Aqui, 10 kg de gasolina a mais no tanque dá uma diferença de uns 0s4”, falou o brasileiro.
“Teve gente que andou bem levinho”. Mesmo assim, Rubens acha que seu carro não será tão competitivo na Bélgica quanto foi na semana passada em Valência. “Precisamos melhorar nosso acerto, mas acho que vai dar para largar entre quarto e quinto”, previu.
Mesmo Hamilton, o melhor ontem, não estava tão otimista. “Nosso carro não é bom em curvas de alta, mas o KERS tem ajudado aqui”, falou. “O pessoal da frente, Red Bull e Brawn, não vai andar lá atrás na classificação como aconteceu hoje”, emendou Norbert Haug, diretor da Mercedes.
Curioso que também a Red Bull não brilhou, ela que era considerada a favorita na pista belga, que tem curvas longas e rápidas. “Acho que fomos na direção errada, mas aprendemos com isso”, filosofou Mark Webber.
Seu companheiro Sebastian Vettel foi na mesma linha e comemorou a chuva matinal. “Tenho só dois motores para usar até o fim do ano, quanto menos andar, melhor”.