Empate obriga Paraná a vencer todos os jogos

A final do Campeonato Paranaense acontece só no dia 19 de abril, mas, para o Paraná Clube, o jogo contra o Cianorte, no domingo, é uma decisão. Com o empate em 1 a 1 contra o União Bandeirante, ontem à tarde, em Bandeirantes, o Tricolor chegou a onze pontos – dez a menos que o líder, Coritiba. Na análise da tabela, o time da Vila terá que vencer os quatro últimos jogos para não ter que depender de outras equipes para seguir no Estadual.

A missão não é fácil, já que nas últimas rodadas o Paraná enfrenta Cianorte, Rio Branco, Adap e Coritiba, todos com melhor campanha nesta primeira fase. No entanto, mesmo reconhecendo a dificuldade da classificação, o elenco do Paraná mantém o otimismo. ?Não vamos jogar a toalha. Enquanto tivermos chances, vamos lutar. Ainda dependemos apenas de nós. E vamos fazer a nossa parte?, garante o zagueiro Fernando Lombardi. Ele reconheceu que o empate de ontem não estava no script, mas o ponto solitário conquistado em Bandeirante ficou até de bom tamanho. ?A gente queria a vitória, mas o resultado não veio. Quando a bola não entra, vamos fazer o quê? Ao menos conquistamos um ponto fora?, disse o zagueiro Alison.

A grande dificuldade será encontrar o caminho da vitória com um time em formação. Após a partida, o técnico Lori Paulo Sandri disse que o resultado ficou de bom tamanho e reforçou que a equipe ainda tem chance de se classificar. Mas não tentou mascarar as dificuldades que o time encontrou em Bandeirantes. ?A equipe já melhorou muito, mas ainda tem um longo caminho. Reforço que é um time buscando a identidade?, afirmou Sandri.

O experiente Renaldo, sem papas na língua, foi menos polido. Quando indagado sobre as chances de classificação do Paraná, ele foi enfático. ?No futebol, tudo pode acontecer. Mas não dá para enganar ninguém. Temos muito a melhorar e isso está sendo feito no decorrer dos jogos.? Em relação às falhas da partida, Renaldo foi sincero. ?Estou com a garganta doendo de tanto pedir para o time colocar a bola no chão e tocar, mas é uma equipe jovem, que ainda tem muito a crescer.?

Vai ter lista de dispensa. Marcos Paulo pode vir

Os bastidores na Vila Capanema devem esquentar ao longo da semana. Além de possíveis contratações, a diretoria deve anunciar algumas dispensas, já que o elenco está inchado. ?Isso é assunto da comissão técnica, mas está claro que alguns atletas não estão correspondendo?, disse o presidente do clube, José Carlos de Miranda, ontem à tarde.

Na semana passada, o técnico Lori Paulo Sandri acompanhou dois coletivos entre os atletas que não vêm atuando e a equipe de juniores e deve repassar à diretoria a lista da turma da guilhotina.

Abrindo espaços no elenco, a diretoria poderá partir para novas contratações, já visando o Brasileirão. O zagueiro André Leone, que fez de sua negociação com o Paraná um verdadeiro leilão, acabou não acertando devido a cláusulas contratuais desaprovadas por seu advogado.

Agora, a bola da vez que surge como possível reforço é o volante Marcos Paulo, do Guarani. Revelado pelo Cruzeiro e com passagens pelo Grêmio, Sporting, de Portugal, e Udinese, o jogador viria por empréstimo. Para o Bugre, que este ano disputa a Segundona, seria interessante mantê-lo na disputa da Primeira Divisão.

Outro nome que circula forte é o do atacante Valdiran. Ele está no Cianorte e pode vir para a Vila através de uma parceria do Tricolor com o empresário Ratinho Massa, da Massa Sports.

Lori precisou mexer para arrancar o empate

O Paraná bem que tentou, mas não conseguiu passar de um empate em 1 a 1 com o União, no Estádio Comendador Meneghel. Empolgado com a goleada sobre o Engenheiro Beltrão, o Tricolor viajou otimista.

O União, jogando em casa, tomou a iniciativa. Por outro lado, o Paraná, armado no 3-5-2, segurava o adversário no meio-de-campo e não dava espaços. A resposta Tricolor vinha nos contra-ataques.

Mas na base do toma-lá-dá-cá, quem levou a melhor foi o União, que abriu o marcador aos 35 minutos. Após o levantamento na área, Flávio saiu mal, deu um tapa na bola, ela bateu na trave e sobrou limpa para Diego marcar.

Mexe-mexe

Se perdesse o jogo, o Paraná praticamente sepultaria as chances de classificação à segunda fase do Estadual e o técnico Lori Paulo Sandri sabia muito bem disso. E partiu para o tudo ou nada.

Apesar de defender a base da equipe no 3-5-2, ele abriu mão do esquema para dar maior ofensividade à equipe, já que os alas, bem marcados, pouco conseguiam subir. Para fechar no 4-4-2, ele sacou João Vítor e escalou André Pastor, para fazer a ligação meio-ataque, pois Renaldo estava isolado. Na frente, sacou Giba, que estava tendo participação discreta, e escalou o lépido Marlon.

Com a nova formação, operada no vestiário, o Tricolor ganhou em movimentação e logo empatou o jogo. Aos 5 minutos, Renaldo recebeu na entrada da área e chutou com precisão, sem chances para Nivaldo.

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