Em novo fracasso, Atlético perde por 2 a 1

O novo técnico assistiu dos camarotes. E, apesar do discurso otimista, sabe que terá trabalho para recolocar o Atlético nos trilhos. Vadão viu um time com desempenho irregular e alguns lampejos de inspiração no segundo tempo, mas incapaz de superar um Vasco mais preocupado com a final da Copa do Brasil. A derrota rubro-negra por 2 x 1, ontem, em São Januário – a sétima em 13 jogos pelo Brasileirão – deixa o Furacão a apenas um ponto da zona de rebaixamento e com obrigação de reação imediata.

Anunciado oficialmente pelo Atlético no sábado, Vadão chegou a participar ativamente do jogo contra o Vasco. Pelo rádio, transmitiu algumas determinações ao assistente Waldemar Privati, que orientava o time no gramado.

Se teve alguma participação decisiva no intervalo, Vadão até se saiu bem, pois o primeiro tempo do Atlético foi ruim. Excessivamente recuado e mantendo Dênis Marques isolado no ataque, o Rubro-Negro criou muito pouco. Além de escapar de tomar um gol logo aos quatro minutos, quando o árbitro Paulo César de Oliveira não marcou pênalti claro de Alex sobre Edílson, o Atlético sofreu certa pressão do time carioca – que acabou escalando os titulares, depois de cogitar usar a equipe B por causa da decisão da Copa do Brasil, na quarta-feira. E quando roubava a bola e poderia armar contragolpes, a equipe atleticana errava os passes.

Bastou um minuto da segunda etapa para o Vasco transformar a superioridade em gol. E um belo gol, do ex-atleticano Morais, que levou toda a defesa rubro-negra antes de deslocar o goleiro Cléber.

Depois de uns dez minutos de tontura, o Atlético reagiu. Passou a tocar melhor a bola e aproximar mais os meias do ataque. Dênis Marques e Ferreira perderam duas chances de ouro para empatar. Dênis, que era o destaque do time, foi substituído por Herrera, mas a alteração aparentemente sem lógica acabou surtindo efeito: aos 39, o atacante colombiano empatou com oportunismo e fez seu primeiro gol com a camisa rubro-negra.

Mas quando a fase é ruim tudo pode piorar. No finalzinho, ao cobrar uma falta que rendeu a expulsão de Alex, o vascaíno Andrade acertou um potente chute.

A bola entrou no canto de Cléber, que no intervalo advertia a equipe para evitar faltas próximas à área.

O Atlético emplacava a oitava derrota em dez jogos em São Januário e mantinha-se sem vitória pós-Copa do Mundo.

Vasco 2 x 1 Atlético

Vasco

Cássio; Wagner Diniz, Fábio Braz, Jorge Luiz e Diego; Ygor, Andrade, Ramon (Abedi) e Morais (Ernani); Valdir Papel (Ricardinho) e Edílson. Técnico: Renato Gaúcho

Atlético

Cléber; Danilo, Alex e João Leonardo; Carlos Alberto, Alan Bahia, Marcelo Silva (Cristian), Evandro (Válber) e Ivan; Ferreira e Denis Marques (Herrera). Técnico: Waldemar Privati

Local: São Januário

Gols: Morais (1-2º), Herrera (38-2º) e Andrade (44-2º)

Cartões amarelos: Ivan (A), Ygor, Fábio Braz e Abedi (V)

Cartão vermelho: Alex (43-2º)

Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)

Assistentes: Evandro Luís Silveira (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)

 

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