Em jogo duro, Federer bate Roddick e é hexa em Wimbledon

O suíço Roger Federer gravou seu nome na história do tênis neste domingo. Após 4h16 de batalha contra o norte-americano Andy Roddick, o tenista conquistou o hexacampeonato de Wimbledon e se tornou o maior vencedor de Grand Slams, com 15 títulos, superando o ex-jogador norte-americano Pete Sampras, que soma 14. Além do recorde, Federer também pode comemorar a volta ao topo do ranking mundial, ultrapassando o espanhol Rafael Nadal.

O próprio Sampras, aliás, estava na plateia para assistir à vitória por 3 sets a 2, com parciais de 5/7, 7/6 (8/6), 7/6 (7/5), 6/3 e 16/14. Depois de ser derrotado na final do ano passado por Nadal, em quase cinco horas de jogo, e ter seu domínio na grama londrina interrompido – havia vencido de 2002 a 2007 -, Federer viu o jogo deste domingo se complicar quando saiu perdendo no primeiro set. Muito seguro, Roddick deu trabalho do início ao fim para o suíço.

Atual número 6 do mundo, Roddick, que deve melhorar seu ranking com o vice em Wimbledon, começou o jogo imprimindo um ritmo forte. Cometendo apenas três erros, o norte-americano conseguiu uma quebra no 11.º game – a primeira do jogo – e partiu para a vitória. Na segunda parcial, os tenistas seguiram confirmando seus saques, mas Federer não demonstrava que poderia quebrar o rival para empatar a partida. O set então foi para o tie-break.

No momento decisivo do segundo set, começou a reação de Federer na final. O suíço chegou a estar perdendo por 6 a 2, com quatro set-points para Roddick. Mas o novo número 1 do mundo foi buscar a virada e fez 8 a 6, para decepção do norte-americano, que tinha a oportunidade de abrir vantagem. Na sequência, Federer chegou melhor ao quarto set. Sem quebras para os dois lados, novamente a vitória veio no tie-break, desta vez por 7 a 5.

Mesmo com o suíço conquistando muitos pontos por ace – foram 50 no jogo, contra 27 do rival -, Roddick impressionou pela reação no quarto set. Uma quebra foi suficiente para fechar a parcial e fazer 2 a 2 no jogo. Já no set decisivo, a dificuldade para selar a vitória repetiu a final de 2008. Como em Grand Slams não há tie-break no quinto set, os tenistas se mantiveram sem conseguir quebrar o saque do adversário.

Enfim, após 1h35 de disputa e muita frieza por parte dos dois tenistas, Federer conquistou uma quebra e fechou o jogo, fazendo 16 a 14 no último set. Após a vitória histórica, o suíço fez questão de reconhecer o desempenho de Roddick, que impressionou por voltar a disputar uma decisão em Wimbledon, depois de ter perdido para o próprio Federer em 2004 e 2005.