Eliminação para o Atlético abre crise no Santos

Santos – A Copa Libertadores era o limite para assuntos importantes no Santos. Desde a permanência de Robinho como a troca do comando técnico. Embora os dirigentes tenham se mantido em silêncio desde a eliminação do time na competição sul-americana, quarta-feira à noite, são cada vez mais fortes os comentários de que Gallo só não foi demitido após o jogo porque não havia ninguém para dirigir a equipe diante do Fortaleza, domingo à noite, no Estádio Presidente Vargas, na capital cearense.

Como também tudo indica que Marcelo Teixeira vai jogar pesado para levar Emerson Leão de volta ao clube, impedindo que ele assuma o Palmeiras ou o Corinthians, o que reduziria as chances do seu clube conquistar o terceiro título de campeão do Campeonato Brasileiro. Com a desclassificação, o clube já não precisará fazer um grande investimento para segurar Deivid, que deve retornar ao Bordeaux, da França, ou se esforçar para manter outros jogadores.

Não é apenas a torcida que pressiona a diretoria para demitir Gallo e contratar um técnico mais experiente. Parte do Conselho Deliberativo considera que o atual técnico errou quando poupou vários titulares diante do União São João -perdeu por 1 a 0, gol marcado no final do segundo tempo – no Campeonato Paulista. Na mesma rodada, o São Paulo perdeu da Portuguesa e o Santos desperdiçou uma boa chance de continuar na luta pelo título e para tentar sair da fila de 21 anos no campeonato estadual.

Outra crítica é que Gallo foi inexperiente demais no primeiro jogo contra o Atlético Paranaense, quando o Santos, completo (Carlos Alberto Parreira liberou Robinho e Ricardinho para a partida de Curitiba) ganhava de 1 a 0 e o adversário ficou com um jogador a menos. Como também é atribuída à falta de comando o nervosismo que o time demonstrou no empate de 1 a 1 com o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro, domingo, na Vila Belmiro, e na quarta-feira, quando os jogadores corriam desordenadamente e não conseguiam marcar os atacantes adversários.

Gallo disse que ficou sabendo segunda-feira à noite que Giovanni não poderia enfrentar o Atlético-PR e deixou para comunicar o grupo apenas ao meio-dia da quarta-feira. Consta que os jogadores sentiram demais a ausência de mais um jogador experiente, após a perda de Robinho e Léo, para a seleção, e de Fabinho e Paulo César, por contusão.

Agora, como o Santos fracassou na tentativa de sair da fila no Campeonato Paulista e de conquistar a sua terceira Libertadores, o presidente, que concorrerá à terceira reeleição no final do ano, precisa de bons resultados no Campeonato Brasileiro para não sofrer desgaste político. E não fazer mudanças agora pode ser um risco muito grande.

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