O Atlético conhecerá hoje os dirigentes que serão responsáveis pelos próximos três anos de administração do clube. A votação acontece entre 10h e 19h e o resultado deve ser confirmado por volta das 22h.
Frente a frente, duas importantes figuras no clube. Mário Celso Petraglia, que tem três gestões como presidente, além de também ter comandado o conselho deliberativo, é o nome mais forte da chapa CAPGigante. Do lado oposto está Ênio Fornéa Júnior, concorrendo pela Paixão pelo Furacão, que tentará seu primeiro cargo como presidente do conselho deliberativo, tendo como experiência muitos anos no quadro diretor.
Os dois concorrem a cargos diferentes, mas são dois personagens que chamam a atenção para si na eleição mais movimentada da história do clube. Enquanto Ênio encabeça o conselho deliberativo, Petraglia é nome para o administrativo. Nos dois grupos estão ainda Antônio Carlos Bettega, que concorre à presidência do deliberativo da CAPGigante, e Diogo Braz, no administrativo da Paixão pelo Furacão.
Mas é nos dois nomes mais fortes que a eleição de hoje se concentra. Independentemente do resultado, uma coisa é certa: a direção no Atlético seguirá na mão do mesmo grupo que está no comando há 27 anos. Em 1984, Petraglia entrou no Atlético a convite de Valmor Zimermann, que era presidente naquele ano. Hoje, Zimermann apoia Ênio, que chegou ao Furacão pelas mãos de José Carlos Farinhaque, que está apoiando a chapa de Petraglia.
Em torno deste círculo de quase três décadas, o Furacão vai desenhando sua história entre erros e acertos. Se hoje os dois grupos se atacam mutuamente, há três anos estavam todos de mãos dadas. Petraglia convenceu Ênio a voltar para o clube, por ter sido o homem que já o ajudou na construção da Arena da Baixada – inaugurada em 1999 -e o queria por perto para a empreitada na nova fase das obras no estádio.
Ênio voltou, e com ajuda do seu hoje opositor venceu as eleições com Marcos Malucelli, presidente do conselho administrativo, e Gláucio Geara, do conselho deliberativo, que se despedem hoje. Mas com pouco menos de dois meses depois de a nova diretoria assumir, Petraglia rompeu com o grupo e pouco depois deixou também a comissão da Copa, departamento pelo qual estava responsável e que só voltou a conduzir em julho deste ano. Hoje os dois são “inimigos” declarados, apesar de todos terem o mesmo DNA.