Edinho Baiano vence os medos e volta ao Coritiba

Ele voltou. O zagueiro Edinho Baiano venceu mais uma ?briga? com as lesões e está reassumindo sua posição de titular e capitão do Coritiba. O clássico contra o Paraná, que ele tanto defendeu na década de 90, será o primeiro jogo do zagueiro em 45 dias, após uma complicada recuperação de uma luxação no ombro direito – a terceira lesão no local nesta temporada. Um dos desafios de Edinho foi, justamente, vencer o receio de jogar e se machucar de novo.

Não foi fácil. Edinho sofreu a primeira contusão em março, nas quartas-de-final do campeonato paranaense, contra o Malutrom. “Naquele lance, eu fraturei a clavícula”, relembra o zagueiro. Para a recuperação do local, foi necessária uma parada completa – por algumas semanas, ele sequer podia realizar exercícios. “Só na terceira semana ele começou a se movimentar, fazer musculação, treinar na piscina”, conta o médico William Yousef.

Um mês e meio depois (no dia 26 de abril), Edinho voltava à equipe contra o Atlético-MG. Não sem antes dar um susto em todo mundo – durante um treino, ele chocou-se com um companheiro e caiu da mesma forma que o levou a fraturar a clavícula. “Foi algo leve, mas na hora ficamos preocupados”, relembra Yousef.

Passada o primeiro teste, Edinho retomou sua posição na defesa. Tudo corria bem, mas na partida contra o Vitória (no dia 26 de julho), o zagueiro levou outro tombo. E mais uma contusão no mesmo ombro – agora, uma luxação. “Eu tive uma pancada no calo ósseo que se formou depois da fratura, e pensei que tivesse sido algo pior. Mas, no final das contas, ainda foi algo simples”, conta o capitão alviverde.

Simples em termos, já que foi necessário tempo semelhante para a recuperação. Além de estar bem clinicamente, Edinho também teve que se recuperar emocionalmente. “Não podia ficar com receio de jogar. Só poderia voltar se estivesse totalmente recuperado e confiante”, confessa o zagueiro, que até poderia ter voltado antes, não fosse a dificuldade para ?sentir-se bem?.

Para William Yousef, o fato é normal. “O Edinho sofreu três contusões sucessivas. É óbvio que um fato desses preocupa o atleta”, comenta. Isso também pode explicar a demora na recuperação. O zagueiro, no entanto, não se interessa mais por isso. O capitão coxa quer saber de jogar. “Estou completamente bem, superei essas lesões e agora quero voltar e não mais sair do time”, finaliza.

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