Ecoestádio ajudou time a viver sem a Arena

Desde que o Atlético passou a atuar na Arena da Baixada, em 1999, o estádio foi apontado como o fator decisivo para as vitórias que a equipe obtinha em casa. Agora, com o reduto rubro-negro em reforma, para receber quatro jogos da Copa do Mundo de 2014 – o que deverá durar até o final de 2013 -, a pergunta que fica é: até que ponto a Arena fará falta ao Furacão em 2013? Se depender do desempenho atleticano em 2012, o efeito pode não ser tão grande, dependendo do engajamento da torcida.

Neste ano, desde que passou a atuar no Ecoestádio, o Atlético conseguiu superar a falta do “caldeirão” e registrou seu segundo melhor aproveitamento como mandante em 10 anos. Perdeu apenas para a temporada de 2004, quando foi vice-campeão brasileiro. Mesmo diante do frustrante vice-campeonato paranaense e de não chegar às finais da Copa do Brasil no primeiro semestre, o Atlético sempre se manteve regular atuando como mandante na casa dos outros, principalmente na Série B. Dos 35 jogos em que teve o mando em 2012, o Furacão conquistou 77% dos pontos disputados, com 24 vitórias, nove empates e apenas duas derrotas.

Durante a temporada, o torcedor atleticano teve que se acostumar com a constante troca de casa. Depois de iniciar no estádio Germano Krueger, em Ponta Grossa, o Rubro-Negro utilizou a Vila Capanema e o Gigante do Itiberê, em Paranaguá. Porém, nem o estádio paranista, e muito menos o do Litoral, fez tão bem ao Furacão quanto o Ecoestádio Janguito Malucelli, apelidado pelos atleticanos e pelos dirigentes como a nova “Areninha”.

Durante o Estadual, e na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro, quando conseguiu o retorno à Primeira Divisão, o Atlético fez 12 partidas no Janguitão e obteve nove vitórias e três empates, totalizando aproveitamento de 83%. Este é um dos motivos que leva o Furacão a querer ampliar e adequar o Ecoestádio para disputar todas as competições que terá pela frente em 2013, inclusive a Primeira Divisão. “Nosso primeiro foco será tentar adequar o Janguito para disputar não só o Paranaense e a Copa do Brasil, mas também a Série A”, revelou o vice-presidente de futebol atleticano, João Alfredo Costa Filho.

Em 10 anos, o ano de 2004 foi o melhor do Atlético como mandante. Dos 32 jogos disputados na Arena da Baixada, foram 23 vitórias, sete empates e dois resultados negativos, somando aproveitamento de 79%. Por outro lado, não foi em 2011, quando foi rebaixado para a Série B, o ano que o clube teve seu pior rendimento em seus domínios. A marca negativa está com a temporada de 2006, quando fez 32 jogos e conquistou apenas 55% dos pontos jogando em casa.