Duílio Júnior: carreira tão gloriosa quanto a de seu pai pelo Glorioso

Duílio Dias Júnior, filho de um dos maiores atacantes alviverdes, Duílio Dias, iniciou sua carreira na categoria Dente de Leite do Coritiba, hoje chamada de Mirim, em 1970. Permaneceu no Coxa até 1980, ano em que foi vendido à Portuguesa. Embora seu pai ficasse eternizado por seus mais de 200 gols pelo time do Alto da Glória, a posição assumida pelo, então, garoto foi a de zagueiro.

Sua carreira vestindo o uniforme verde e branco foi tão gloriosa quanto à de seu pai. Em 1976, Dias Filho foi campeão paranaense. No ano seguinte, o Coritiba chegaria à final, mas seria derrotado pelo Grêmio de Maringá. Naquele ano, os jogadores atuavam com salários atrasados e o presidente Evangelino, para pressionar os atletas disse que, se o time não chegasse à final, passariam o Natal a “pão e água”. Apesar de não conquistarem o título, os jogadores receberam o que o clube lhes devia.

Nos anos seguintes, 1978 e 1979, o zagueiro integraria mais uma vez o time campeão. Na temporada de 1979, Duílio já era titular absoluto e participou ativamente da conquista do bicampeonato. “Ninguém acreditava que poderíamos ganhar, o favorito era o Colorado, mas os jogadores acreditavam e nós vencemos”, relembrou Duílio, orgulhoso por ter feito um dos gols da prorrogação.

O amor pelo futebol foi hereditário. Ao ver o pai jogar, entusiasmava-se e queria pisar no tapete verde, seguindo o exemplo paterno. “Ele sempre disse que eu devia estudar, por isso quase entrei para a faculdade de engenharia, mas optei pelo futebol”, revelou Duílio, que admitiu de ter matado aulas para jogar bola com os amigos.

O centenário alviverde é motivo de orgulho para o zagueiro, que felicita o Coritiba por nunca ter se fundido. A alegria com a qual se refere ao Coxa é muito grande: “ser coxa-branca é um estado de espírito”.

Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.