O Paraná Clube deve aos seus jogadores dois salários e três direitos de imagem. Mesmo trabalhando com uma folha bastante enxuta entre atletas e comissão técnica, o custo mensal do clube seria de R$ 300 mil o clube não conseguiu se sustentar ao longo do primeiro semestre. Reflexo da falta de patrocinadores de maior expressão e de jogos deficitários.
Na prática, em 2010, apenas dois jogos geraram alguma receita ao clube: o clássico frente ao Atlético (no Campeonato Paranaense) e o jogo frente ao Vila Nova-GO (já na Série B). “Demos azar com o clima e na maioria das vezes pagamos pra jogar. Tenho fé de que isso vai mudar”, destacou o presidente Aquilino Romani. “Precisávamos mudar nosso perfil em casa e isso o grupo já conseguiu”.
A referência de Romani são os 14 jogos de invencibilidade do Paraná, atuando na Vila Capanema. “Nosso recorde é de 16 jogos. Num passado recente, havíamos perdido essa identidade. E, na Série B, vencer em casa é fundamental para o acesso. Nesse ponto, estamos no caminho certo”. Mesmo com as reclamações pelos atrasos salariais, o presidente acredita que esse perfil vencedor não será perdido.
Romani não citou números, mas hoje o débito com os atletas seria da ordem de R$ 500 mil. “No futebol, não é muito. Só que além desses salários, temos que trabalhar com um outro valor fixo, referente às ações do passado. Mesmo com dificuldades, estamos administrando tudo isso”, justificou o presidente do azul, vermelho e branco.