Dirigentes paulistas trocam farpas

São Paulo – Toda a novela na qual se transformou a negociação para trazer o meia Ricardinho para o São Paulo parece ter irritado o presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa. Ontem, de forma enfática, o cartola deu duas informações objetivas sobre a situação. Primeiro, o meia corintiano disse que deseja jogar no Morumbi. Segundo, a polêmica vai ser resolvida até o fim da semana.

O comportamento do são-paulino foi motivado pelas freqüentes declarações do vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, que não se cansa de dizer que a diretoria do ‘co-irmão’ é antiética. De acordo com o corintiano, os dirigentes do São Paulo entraram em contato com o jogador, por meio de seu procurador, Rubens Pozzi, antes de consultar o clube. “Eu não fiquei criticando a convocação de jogadores do Corinthians para a seleção brasileira como ele (Citadini) fez com o Rogério Ceni, Kaká e Belletti”, lembrou o presidente tricolor. “Isso é ser antiético.”

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Gouvêa garantiu que, assim como outros clubes, o São Paulo também está interessado no meia. E foi além, confirmou que Ricardinho lhe disse que gostaria de ‘mudar de ares’. “Ele (Ricardinho) disse que gosta do Corinthians, mas acha que cumpriu um ciclo, pois ganhou praticamente tudo o que disputou”, observou. Quanto à abordagem o cartola prosseguiu. “Quando o Dualib (Alberto Dualib, presidente do Corinthians) me ligou e disse que não haveria mais negociação, as conversas pararam. Mas quando percebemos que o atleta não estava treinando, voltamos ao assunto.”

Ricardinho perde a paciência

São Paulo

– AE alma e tranqüilidade sempre foram características que marcaram o meia Ricardinho, do Corinthians. Contudo, a indefinição com relação à sua transferência, seja para o São Paulo ou para algum clube da Europa, está mexendo com os nervos do jogador. Ontem, após o treinamento da tarde no Parque São Jorge, ele deixou o campo sem fazer nenhuma questão de demonstrar seu descontentamento diante do assunto.

Antes mesmo de ser indagado, passou pelo local onde ficam concentrados os jornalistas para a realização das entrevistas e logo avisou: “Não tenho nada para falar.” Depois, orientado das conseqüências negativas que sua atitude poderia provocar, voltou. Com o semblante ainda irritado, explicou o motivo que o havia feito mudar de idéia. “Isso é para vocês jornalistas não dizerem que eu estou fugindo”, afirmou.

A respeito de sua transferência, Ricardinho utilizou o mesmo discurso do presidente do São Paulo, Marcelo Portugal Gouvêa. Segundo ele, tudo deve estar definido até o fim da semana. “Mas isso foi um prazo imposto pelo clube (Corinthians) e meu procurador. Eu não sei de nada”, insistiu na dissimulação.

Um vai, outro vem

Em meio ao disque-disque sobre Ricardinho, a diretoria corintiana está próxima de acertar com o atacante Guilherme, ex-Atlético-MG. A informação é do próprio jogador, que ontem esteve reunido com a diretoria do clube. “Espero um retorno do Citadini (Antonio Roque Citadini, vice-presidente de Futebol). Não há muita diferença entre as propostas e espero uma definição até amanhã.”

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