Dirigente do Milan vê futebol italiano à beira do precipício

O vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, disse nesta quinta-feira que “o futebol italiano arrisca de cair num precipício”, após a eliminação das três equipes italianas que disputavam as oitavas-de-final da Liga dos Campeões.

Em entrevista para a rádio Kiss Kiss, de Nápoles, o dirigente ressaltou que as eliminações de Inter, Juventus e Roma, em confrontos contra equipes inglesas, “são um sinal”. Segundo Galliani, se as equipes italianas não administrarem os próprios estádios, como ocorre em outros países europeus, “não poderemos mais competir com os clubes ingleses e espanhóis”.

Para o dirigente do Milan, “a principal razão da crise de resultados na Liga dos Campeões é econômica”. “As equipes inglesas, graças sobretudo aos estádios, tem arrecadações nitidamente superiores as nossas. Inglaterra e Espanha estão nos superando nitidamente”, admitiu Galliani.

O dirigente lembrou que “há dez anos”, o futebol italiano “faturava muito mais do que os clubes ingleses e espanhóis” e disse que é preciso “inverter esse movimento”. Atualmente, os principais estádios italianos, como o estádio Giuseppe Meazza, em Milão, e o estádio Olímpico, em Roma, são de propriedade dos municípios.