Diretoria paranista quer a Vila Capanema lotada na sexta-feira

Volta Redonda – Ao fim do jogo, os jogadores do Paraná Clube foram para o alambrado, aplaudir os cerca de vinte torcedores que estiveram no Raulino de Oliveira.

O vice de futebol Aramis Tissot fez o mesmo, aplaudiu e convocou o torcedor para a partida de sexta-feira, contra o Vila Nova-GO. “Pelo amor de Deus, não posso admitir menos do que sete, oito mil torcedores neste jogo”, disse o dirigente. O Paraná pode, na próxima rodada, chegar à liderança da Série B, caso vença o representante goiano.

Tissot aproveitou a goleada para fazer um desabafo. “Nunca escondemos que caminhamos com dificuldades financeiras. Estamos nos equilibrando, mas precisamos do apoio do torcedor”, destacou.

“Precisamos dessa sustentação na bilheteria, até para mantermos esse time e, se possível, ainda qualificá-lo”. O dirigente, recuperado de uma licença médica, acompanhou pela primeira vez o time fora de casa. “Foi emocionante. Esse time é guerreiro e vamos longe com esse grupo”, avisou.

O vice de futebol assegurou que todo o dinheiro que vier das rendas dos jogos será destinado para pagar os jogadores, que ainda continuam com salários atrasados. “A torcida é muito importante neste momento. Todos os caminhos levam à Vila capanema na sexta-feira”, conclamou o dirigente, confiante.

Técnico exigente

O técnico Marcelo Oliveira enalteceu a qualidade ofensiva do seu time, mas, exigente, admitiu ter ficado chateado com o gol sofrido aos 40 minutos do segundo tempo.

“Não poderíamos ter levado o gol daquele jeito”. É o estilo perfeccionista do treinador, que também evita um clima de euforia, apesar do excelente início de competição. “Temos uma longa caminhada pela frente. Não dá pra ficar empolgado, pois ainda estamos num início de competição”, disse Oliveira.

Apesar da postura austera do comandante tricolor, o torcedor não quer nem saber. Afinal, o Paraná mantém um ótimo aproveitamento, com três vitórias em quatro rodadas disputadas.

“Temos que destacar, é claro, a eficiência dos nossos atacantes esta noite”, disse Marcelo Oliveira. Foram cinco gols, em lances de oportunismo e também de “laboratório”. O Paraná foi preciso em muitos lances de bola parada e, se tivesse um pouco mais de serenidade nos contragolpes, teria feito um placar até mais elástico.

Se o time ainda não atingiu a perfeição, mostrou, mais uma vez, que encarnou o espírito guerreiro que a Série B exige. “Tem que ser assim. Hoje, até nos descuidamos um pouco. Acho que como tudo estava indo tão bem lá na frente, afrouxamos um pouco a marcação”, reconheceu Juninho.