Dinelson chega com a tarefa de comandar o tricolor

“Esta Série B é Libertadores.” A afirmação do meia Dinelson resume toda a sua empolgação com essa volta ao Paraná Clube, dois anos após uma rápida e feliz passagem pelo clube. Aos 23 anos, o jogador tenta resgatar o prestígio nacional, que viu se esvair após uma temporada marcada por lesões, que o impediram de atuar por Corinthians e Coritiba. “Não vejo a hora de entrar em campo e mostrar tudo que está engasgado”, disse o jogador, em tom de desabafo.

Apostando na identidade do jogador com a torcida, o Tricolor vê em Dinelson a grande contratação neste processo de reformulação do elenco. Na véspera do jogo, o site oficial do clube já apresentava uma saudação ao atleta.

Dinelson servirá também como “garoto propaganda” na busca pela ampliação do número de sócios Sempre Torcedor. Na apresentação oficial do meia, um banner especial foi confeccionado com o seguinte dizer: “Dinelson é guerreiro valente. Sempre”.

“Estou muito feliz com esse novo momento. Vivi, aqui, uma das melhores fases de minha vida e acredito que posso resgatar tudo isso”, disse o jogador, logo após apresentação oficial feita pelo presidente Aurival Correia e o vice de futebol Márcio Villela, entregando ao atleta a camisa 10 (a branca, considerada a “ganhadeira”) do clube.

“Sei o carinho que a torcida tem por mim. Acredito que é reflexo daquilo que fiz dentro de campo, em 2007”, comentou Dinelson. “A torcida soube reconhecer isso, pois sempre dei a vida, em cada jogo que vesti essa camisa”.

Dinelson disputou apenas 19 jogos com a camisa tricolor. Conviveu com uma lesão no tornozelo, que o tirou de parte do Paranaense. Mas foi efetivo na Libertadores daquele ano, atuando em nove dos dez jogos que o Paraná disputou pela competição continental.

Foram três gols e uma série de assistências, que fizeram o baixinho virar xodó da galera em pouco tempo. Nem mesmo a perda do título estadual (para o Paranavaí) afetou essa empatia. “Cara. Passa um filme na minha cabeça. De todos os jogos que fiz. Agora, o desafio é repetir tudo aquilo, levando o Paraná de volta à primeira divisão.”

O jogador diz não ver a hora de estrear, mas sabe que a comissão técnica não vai queimar etapas. “Temos um treinador experiente e que vai saber a melhor hora de me escalar”, disse.

Zetti prefere também não estabelecer um jogo específico para lançar Dinelson no time ou no banco de reservas. “Vontade, ele tem de sobra. Está bem condicionado, mas vamos ver seu desempenho nos treinos. Ainda está voltando aos trabalhos com bola, depois de muito tempo só treinando fisicamente”, ponderou o treinador.

“Estou feliz, muito feliz, e pronto para ajudar. Acima de tudo, o que importa é o Paraná estar bem e vencendo, com o apoio da nossa torcida”, arrematou o meia paranista.

Voltar ao topo