Que tal um pacto entre torcedores e time do Atlético em prol da conquista do título de bicampeão do campeonato brasileiro? Essa é a proposta do goleiro Diego, prontamente apoiada pelos colegas de elenco, que quer ver a Arena sempre lotada para ajudar na busca de mais uma estrela dourada para o Rubro-Negro.
No domingo, a arquibancada fez a diferença e mesmo com o Furacão não mostrando um grande futebol, conseguiu se impor sobre o assustado Vasco da Gama. A um ponto do líder e com rendimento crescente, a equipe deste ano já suscita entre a torcida comparações com a de 2001.
“O Atlético é muito forte quando se junta essas duas coisas: quando os atletas mostram vontade e o torcedor nos apóia. Se nós nos unirmos de verdade e fizermos um pacto para sermos campeões brasileiros, nós nos tornamos mais fortes ainda”, propõe o arqueiro. Para ele, é muito importante que cada um faça a sua parte, ou seja, os jogadores desempenhem o máximo possível e os torcedores apóiem a equipe nos 90 minutos. “Se realmente acontecer isso e existir esse pacto, no sentido de em todos os jogos na Arena da Baixada o torcedor lotar e mostrar sua força para intimidar o adversário, nós temos grandes chances”, reforça.
Para o volante Pingo, quando a torcida vai ao estádio para apoiar os jogadores, dificilmente a equipe rubro-negra perde. “Já ficou provado que, quando a torcida vai para incentivar, o time cresce muito e fica praticamente imbatível aqui dentro do caldeirão”, aponta. Ele diz que está na torcida para que a proposta de Diego vingue. “É importante sim, tomara que os torcedores nos ajudem e tomara que esse pacto que o Diego está propondo se firme mesmo. O torcedor vai em campo para nos incentivar e nós vamos em busca do nosso objetivo, que é o título”, diz.
Mesmo assim, eles garantem que o torcedor não será privado das cobranças. “É o time que leva a torcida. Graças a Deus estamos fazendo bons jogos na Arena, mas ainda tem torcedor que não está satisfeito. Por isso, estamos trabalhando para melhorar cada vez mais e aí eles vão nos incentivar”, destaca o ala-esquerdo Ivan. De acordo com o volante Alan Bahia, as pegadas no pé são normais. “Isso faz parte do torcedor. Eles têm o direito de cobrar e quando nós não rendemos eles vão cobrar”, finaliza.
Rumo à liderança no fim do turno
A um ponto do Santos, Ponte Preta e São Paulo, líderes do Campeonato Brasileiro, o Atlético vem logo atrás correndo agora em busca do simbólico título de “campeão de inverno” na última rodada do primeiro turno. Para tanto, basta um empate de quem está na frente e uma vitória simples sobre o Botafogo, às 20h30 de quinta-feira, em Niterói. Nesta partida, o técnico Levir Culpi só espera a recuperação do zagueiro Marinho, que cumpriu suspensão automática contra o Vasco da Gama, mas sentiu uma dor no joelho direito e será melhor avaliado hoje.
Além do bom momento na competição, o time rubro-negro só não poderá contar com o volante Bruno Lança, que se recupera de uma lesão no joelho esquerdo. Sem suspensões, nem contusões preocupantes, o treinador deverá repetir a mesma base que vem atuando, mudando somente na zaga. A tendência é de que Marinho volte ao time (se estiver bem) e Fabiano seja adiantado para o meio-de-campo. Assim, Pingo ficaria como opção no banco de reservas. Se Marinho não puder atuar, o time será repetido contra o Fogão.
Outro ponto importante apontado pelos jogadores para a boa fase foram as lições aprendidas nos dois últimos anos. “Está sendo muito importante essa fase que estamos passando, porque 2002 e 2003 não foram bons anos. Aprendemos muitas lições e agora está dando tudo certo. Nosso time conquistou uma cara na competição e tentamos fazer o que o Levir nos pede”, analisou o atacante Dagoberto. Para ele, o time está no caminho certo na busca pelo bicampeonato. “Nossa meta é ser campeão. É claro que precisamos ir passo a passo para isso. Estou jogando com o pensamento nos outros também. Porque sei que isso ajuda a todos”, finalizou.