Diego e Robinho entre a principal e a sub-23

O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, está diante de um quebra-cabeça. Não sabe se leva Diego e Robinho para a Copa das Confederações, em junho, na França, ou se deixa os jovens talentos à disposição do treinador da seleção sub-23, Ricardo Gomes, para a disputa da Copa Ouro, em julho, no México e Estados Unidos. Uma coisa é certa: a partir de agora, os dois jogadores do Santos vão ter de lidar com a vida de clube e de seleção.

Parreira e a comissão técnica já haviam definido que a Copa Ouro funcionaria como uma espécie de laboratório para Ricardo Gomes começar a armar a equipe para os Jogos de Atenas, em 2004. Nessa perspectiva, Diego e Robinho, entre outros, não seriam relacionados para a Copa das Confederações a fim de se integrar logo ao grupo sub-23. Mas a grande repercussão da convocação da dupla do Santos para o amistoso com o México e o próprio desempenho dos dois no campeonato brasileiro e Copa Libertadores podem mudar os planos de Parreira.

Ao desembarcar ontem pela manhã no Rio, o treinador disse que poderá chamar um ou outro da nova safra de craques para a Copa das Confederações. Descartou a hipótese de convocar o mesmo atleta para as duas competições. Quer evitar desgaste com clubes. Sobre a não-escalação de Robinho contra o México, foi objetivo. “Não era hora de ele estrear. Sua convocação estava projetada para ocorrer mais para a frente. É um jogador de potencial enorme, e, com certeza, vai ser observado na hora certa, sem pressa.”

Parreira voltou a elogiar Diego e notou virtudes nos sete minutos em que o meia esteve em campo, em Guadalajara. “Jogou com personalidade. Entrou, tocou na bola cinco ou seis vezes e o fez com muita segurança. Até deu um passe muito bonito para o Athirson, em profundidade. Vamos testar ele e Robinho em jogos mais favoráveis.”

O técnico fez elogios ao México e até justificou a opção de não pôr a dupla na partida por causa da força do time da casa. “Não ganhávamos do adversário havia três jogos. Não se tratava de um time galinha morta. Portanto, não seria ideal escalá-los. Não era hora de botar jogador para testes. Diego e Robinho têm a minha confiança e, na hora certa, vão entrar.”

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