Dia decisivo para o Estadual

O Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol (TJD-PR) julga hoje o recurso que pode anular o rebaixamento do Estadual-05. A ação é movida pelo Engenheiro Beltrão e pode reconduzir, de lambuja, mais um clube para a elite do Campeonato Paranaense.

Com base no Estatuto do Torcedor, o time do Centro-Oeste do Estado alega que o regulamento do Estadual só poderia ser modificado após dois anos de vigência.

O Paranaense de 2004 previa um quadrangular final para definir os dois times que cairiam para a Série Prata. Em 2005, foram rebaixados os lanternas dos dois grupos da primeira fase – Engenheiro e Império do Futebol. Por isso, o requerente pede a anulação do descenso e a inclusão dos dois times no torneio do ano que vem.

O Império, porém, foi extinto porque o dono, o empresário Aurélio Almeida, passou a controlar outro clube (o Real Brasil, da Série Prata). Resta saber se a FPF organizaria o torneio com 17 clubes ou teria que convocar o 18.º.

A ação passou pela 2.ª Comissão Disciplinar do TJD, que inicialmente negou-se a julgá-la, afirmando que o Engenheiro não poderia fazer este tipo de pedido. Depois, o tribunal pleno do TJD determinou que o caso voltasse para a primeira instância. O processo seguiu então para a 3.ª Comissão, onde o Engenheiro perdeu por quatro votos contra zero.

No recurso a ser julgado hoje, o clube questiona a mudança da 3.ª para a 2.ª comissão. ?O tribunal pleno não autorizou esta transferência. E a Federação não contestou em nenhum momento a mudança no regulamento?, afirma um dos advogados do Engenheiro, Osires Nadal, que prometeu recorrer ao STJD, no Rio de Janeiro, se o clube for derrotado na tarde de hoje.

Paralelamente, um suposto torcedor da equipe do interior ganhou causa semelhante na Justiça comum de Engenheiro Beltrão. A FPF obteve efeito suspensivo, permitindo excluir o clube da tabela do Estadual-06 enquanto o recurso não for julgado pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Numa terceira via, o Engenheiro tenta roubar a vaga do União Bandeirante, alegando que o clube do Norte Pioneiro não poderia voltar após formalizar a desistência do Estadual.

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