Despedida reúne velhos conhecidos da torcida

Uma grande confraternização entre amigos e ainda com vigor para jogar no seu clube do coração. Esse era o desejo do atleticano Paulo Roberto Rink quando decidisse aposentar suas chuteiras.

O dia chegou e seu desejo foi realizado.

Às 21h20 do dia 24 de maio, Paulo Rink, aos 34 anos – 18 deles dedicados profissionalmente aos gramados -, encerrou a sua carreira na Arena da Baixada sob o aplauso dos torcedores rubro-negros que compareceram para ver, pela última vez, o futebol aguerrido de um dos maiores ídolos que o Furacão produziu.

O adeus não poderia acontecer de forma mais grandiosa. Graças a sua trajetória internacional, na qual atuou na Alemanha, Holanda, Coréia do Sul e Chipre, o artilheiro fez inúmeras amizades e conseguiu trazer para seu jogo de despedida jogadores como os alemães Polking e Moeckel, o zagueiro Juan (seleção brasileira) e o volante Zé Elias, que atuou no futebol alemão. Mas, apesar da presença dos ilustres atletas, o que mais chamou atenção na equipe formada pelos ?Amigos do Rink? foi a presença de ex-jogadores atleticanos que deixaram saudades no clube e fizeram parte da história do Furacão.

Oséas, que formou a dupla de ataque com Rink, em 95/96, foi o mais ovacionado pela torcida. Dessa mesma geração compareceram Ricardo Pinto, Alex Lopes, Andrei, Matosas, Gune e Jean Carlo.

O homenageado, como de praxe, em toda a despedida, atuou cada tempo em uma equipe, e encerrou sua participação com a camisa do Atlético, clube que o projetou. Em campo, Rink quase marcou um bonito gol de bicicleta, no início do segundo tempo. Mas o desfecho com chave de ouro aconteceu aos 23 minutos. Numa bela jogada envolvendo dois estreantes no clube (Edno e Tiago), Rink deslocou o goleiro cipriota Louizos com ?tapa? certeiro na bola, que morreu no fundo das redes. Era o que faltava para a torcida explodir em aplausos para o homenageado. Logo em seguida, o ídolo foi substituído e agradeceu a presença dos 6 mil torcedores jogando camisas para a galera.

Rever estes atletas em campo foi, para os privilegiados que estavam na Baixada, reviver lembranças recentes de um Atlético que aprendeu a se tornar ainda maior e vencedor após a geração 95/96.

O jogo terminou 4×1, mas o placar era o que menos interessava para todos aqueles que puderam acompanhar os minutos finais da carreira de um ídolo genuinamente atleticano. Que a garra e a dedicação, sempre presentes em Paulo Rink, sirvam de exemplo aos atuais integrantes do elenco rubro-negro. E que a inspiração venha de um dos lances mais marcantes da carreira do artilheiro, quando, em março de 1996, fez um decisivo gol na Vila Belmiro, eliminando o Santos da Copa do Brasil.

Contra reservas do Santos, mesmo time

O time titular do Atlético participou dos 45 minutos do jogo festivo que serviu como um mini-coletivo, na preparação para o jogo de domingo, contra o Santos, na Arena. Na etapa complementar, o técnico Vadão colocou em campo a equipe reserva e pôde fazer observações. Os jogadores Tiago, ex-Paranavaí; Edno ex-Noroeste (SP) e o colombiano Valencia fizeram sua estréia na equipe do Atlético. Eles entraram no 2.º tempo e podem estar no banco de reservas, no domingo, à disposição de Vadão.

Para a partida válida pela 3.ª rodada do Brasileirão, o Atlético não terá alterações e vai com o mesmo time que iniciou contra o Internacional. O Santos é quem deve vir a Curitiba com o time reserva, por causa da classificação à semifinal da Copa Libertadores. Na próxima semana, enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre.

A tarefa de vencer não será mais fácil para o Furacão devido a presença dos reservas santistas. ?O time reserva também tem qualidade. Tem Tabata, Pedrinho, Jonas. Os reservas não têm o mesmo entrosamento que a equipe principal, mas não podemos nos iludir com isso?, alertou o treinador.

Para Vadão, o Furacão tem que jogar como nas duas primeiras rodadas, pois assim terá grandes chances de sair com mais uma vitória e ainda continuar no topo da classificação.

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